terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os patrões e as novas tecnologias


"Um patrão é um patrão, seja aqui seja no Japão". A expressão é de um camarada meu, num artigo, há tempos, numa publicação sindical.
Claro que lhes está na massa do sangue serem como são, nem perco tempo em definições. Embora conceda que têm atenuantes. Se eles são assim é porque os deixam ser assim. Têm os vários governos que nós temos escolhido do lado deles, deixam-nos fazer tudo o que querem, como por exemplo o novo e agravado pelos "socialistas" "Código de Trabalho", que não lhes seria tão benéfico se fosse por eles próprios feito. Teriam, estou certo, um pouco mais de pudor. Aliás Bagão Félix demonstrou-o.
Mas atendendo às novas tecnologias, do que não se pode acusar o patronato é de não se ter modernizado. E de ter razões atendíveis para tal.

4 comentários:

Olímpio disse...

Caro Sr Alex.
Esta do patrão meche comigo!Fui patrão trabalhador e muitas cabeleireiras que trabalharam comigo foram á sua vida e tiveram muito exito com a minha escola.Outras,as tais trabalhadoras que construiram o seu labor na malandrice e ódio ao patrão,vejo-as por aí a fazer outros trabalhos de menos arte.Entendo que os patrões sérios que vejam nos seus empregados pessoas iguais e que tem familia para sustentar,são necessários,pois menifestam mais capacidade e arrastam consigo os que só querem é emprego e curtos horários.Não julge que estou a favor dos parões que comem tudo,não,nunca.O ano passado uma grande parte das cabeleireiras que trabalharam comigo,umas 3o,reuniram-se num jantar e eu e a minha mulher fomos convidados,enfim,fomos patrões de iniciativa e nas contas diziamos...vai ao Tribunal de trabalho pode ser que as contas
não estejam bem.Fui um patrão que chega aos 70 anos e ainda corta cabelos para viver um pouco melhor,por isso á patrões e patrões
Um dia tinha salários em atraso e não fui de férias com a familia e as minhas colaboradas é que foram com a situação regularizada Aceite a minha estima.

alex campos disse...

Caro Olimpio:
Você diz bem que há patrões e patrões. Refiro-me, claro, à classe fútil e inútil, entre a qual o senhor não se encontra, porque trabalha e sabe trabalhar.
é importante não confundir as coisas.

Um grande abraço

dilita disse...

Sr.Alex permita-me que "mêta a
colherada"... no lugar do Olímpio eu(que sou a mulher dele) não me teria manifestado,isto é,não teria escrito nada,porque como diz o povo "a carapuça só encaixa em quem serve", como o Sr.também diz por outras palavras.
Não somos ingénuos e bem sabemos que existem patrões que só vêm o lucro,o que é muito triste...
Pessoalmente ainda hoje recordo com respeito e saudade,os patrões do Olímpio estabelecidos em Lisboa num salão de luxo:nunca os invejei,o patrão tem o seu valor,o empregado também. Eram muito cultos,desse facto talvez eu sentisse sim alguns laivos de inveja...que a estima que me dedicaram,fazia dissipar.
Também viemos a ter empregadas,sempre entendi que o empregado precisa do patrão,e o patrão precisa do empregado,e também que quem trabalha deve receber;por isso primeiro separava
o dinheiro para os ordenados.
Depois...bem,depois,nem sempre o que ficava dava para sorrir... mas de consciência aconchegada,lá fomos vivendo,sem nunca sermos ricos.Não nascemos para tal.
Desculpe-me por estas alusões ao passado em jeito de recordações,e aceite um abraço da Dília Maria
(rendadebirras)

Anónimo disse...

Fui empregada do sr.Olímpio,quando ele tinha um bom salão na rua do casino.Foi há tanto tempo,mas ainda me lembro que recebiamos o vencimento sempre no fim do mês,e o subsidio de Natal a 15 de Dezembro.E tinhamos previdência e desemprego pago na totalidade por ele,e também seguro. Bons tempos!Ele era exigente com a qualidade do trabalho,com o nosso aspecto e comportamento no salão,mas boa pessoa.
Sou uma das Marias que lá trabalhou,no tempo em que o Bairro Novo era uma alegria...