sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Esquerdismo, doença infantil…


O apoio do MRPP a Manuel Alegre é caricatural. Porque nessa função há muito foi substituído. No passado, pela extinta UDP, pois deve haver ainda quem se lembre que um dos seus mais mediáticos deputados acabou como secretário de estado de um governo “socialista”. Agora, já há muito que o Bloco de Esquerda, uma não tão estranha como isso sociedade entre os maoístas da UDP e os trotsquistas do PSR, lhe tomou o lugar.
Mas, apesar de esgotado o papel histórico do partido do educador da classe operária Arnaldo de Matos, tem na folha de serviços alguns actos emblemáticos que perdurarão, ou seja, ficarão na História: ainda cá eu não estava, o incêndio da embaixada espanhola, onde pontificou o actual presidente da União Europeia ou lá o que isso é, seu activo militante à época.
Claro que ainda é cedo para se fazer a História, mas este incêndio, um acto radical, não teria por objectivo provocar uma invasão espanhola a fim de neutralizar o processo revolucionário?
Já eu recém-chegado ao rectângulo, o MRPP foi um dos grandes vencedores das eleições presidenciais, em 1976, ao apoiar o candidato do ps/psd/cds.
Será que ainda há militantes no MRPP à procura de “colocação”? E não terão cometido um erro ao não apoiar Cavaco? É que ele é tido como vencedor e o próximo governo será do PSD, confirmando-se a enfadonha, e macabra para o país, alternância.
Mas como isto anda tudo ligado, não terão cometido erro algum…
A direita, às vezes, sabe ser reconhecida.

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