O Álvaro tem a mania que é um trota mundos e um sabido, lá porque deu aulas no Canadá. Convencido, vai-lhe dando para a asneira. Explicou que tem uma proposta que está ao nível do que de melhor se faz no mundo, mas que, em boa verdade, não passa de uma proposta canalha, porque o que o Álvaro quer é acabar com a indemnização por despedimento. Se eu estivesse ainda no activo, não admitia que fosse obrigado a fazer um plano poupança. Além de ser um abuso, quem garante que as coisas terão um fim certo? Que garantias temos que não vamos ser, mais uma vez e sempre, roubados? Nenhumas! Porque ladrão que rouba uma vez, rouba um cento.
não foi por acaso que aquele que já foi um patrão dos patrões, o Chico Vanzeller, numa entrevista a uma rádio nacional, disse: se os portugueses não descerem a rua e fizerem umas greves, é porque são uns molengões. Aparentemente o Chico Vanzeller anda contraditório e parece, então, estar a atirar gasolina para a fogueira. Mas o Chico Vanzeller, que é do clube Bilderberg, é fino e já leu, certamente, “O que fazer?”, de Vladimir Ilich, só está a sugerir que é necessário que alguém pare de imediato com esta vertigem, que só pode acabar com a rua a cheirar a queimado. Nem ele próprio acredita na gente em quem votou e, por isso, avisado e com prudência de classe, deseja que a rua aja de modo prudente, enquanto é tempo. Evidentemente, o Chico dirigiu-se a pessoas em concreto. Também o dirigente e deputado socialista Eduardo Cabrita, numa crónica num jornal nacional. Aliás, Pacheco Pereira, coirão velho e avisado, já o tinha feito há muito mais tempo. E o professor Marcelo, também acha que os comunistas são capazes de tirar a gasolina da rua. Pois é! A esses borrados, será bom dizer, que de facto, um dia a porca pode torcer o rabo. Essa ideia, que parece ir fazendo escola, de que os comunistas são bons a tirar as castanhas do lume, para logo de seguida as entregar aos mesmos de sempre, sem outro tipo de consequências, tem perigos.
Por isso, admitindo que o Chico Vanzeller é um tipo avisado, porque leu bem “O que fazer?”, sempre vos digo, então, que o melhor é começar a fazer desde já, tiro ao álv(ar)o.
Que se vá, trotando e cavalgando sobre o mundo que o ensinou a ser mais um patife. E que nos deixe em paz.
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