Já aqui confessei que não aderi a essa treta do acordo ortográfico. Se calhar fiz mal. Foi por via disso, estou convencido, que não percebi bem, em tempo útil, o que o ministro Álvaro quer dizer com reestruturação.
Mas lá consegui entender, e diga-se, coisa mais fácil de entender não há. Só que eu sou teimoso e acordos ortográficos comigo não pegam, sobretudo se forem como este.
Fiquei a saber que reestruturação significa privatização. Até tinha consultado o dicionário e mesmo assim fiquei com dúvidas. Não batia a bota com a perdigota.
Mas lá entendi, apesar de muito esforço. Afinal não têm o mesmo significado mas lá vai dar no mesmo.
Reestruturação significa que o contribuinte tem de pagar as dívidas das empresas públicas, aquelas que os políticos desta política se empenharam em fazer, para servir o dono, bem entendido, que é como quem diz, privatizar tudo em pratos limpos. É assim como uma fase intermédia.
Foi o que se passou no BPN, em que o Estado, ou seja, o contribuinte, colocou lá mais de dois mil milhões de euros depois de o terem esmifrado, acabando por o vender por tuta e meia. Ou por outra, oferecê-lo de mão beijada.
É o que se passa com a RTP, e agora, a propósito, com as empresas de transportes.
Assim se compreende que o grande tacho é ser ex-ministro, porque depois se abrem as portas das empresas que se serviu enquanto detentor de cargos públicos. Exemplos não faltam.
Acho que tenho de rever a minha posição quanto ao acordo ortográfico. Sobretudo quando cá vêm os elementos da troika debater a coisa, voilá!!!!
1 comentário:
Não há melhor profissão do que a de ex-ministro...
Um abraço.
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