domingo, 4 de dezembro de 2011

Pitonisas

Augusto Alberto

Depois da marcha da maioria silenciosa no dia 11 de Setembro de 1974 e do 25 Novembro de 1975, desembarcou pela pátria um contingente, sem conta, de Pitonisas. Começaram por garantir que privatizando o que de melhor havia em sectores essenciais, o país ficaria mais rico. Depois, que era urgente acabar com uma das mais extraordinárias experiências, a entrega da terra a quem a trabalha, (abrenuncio). E logo, mais uma torrente de mistificações.
E agora que chegamos à iminência de colapso e perda da nossa soberania e identidade, cito o seguinte: “Portugal já foi ocupado: 60 anos pelos espanhóis, alguns pelos franceses e ingleses. E agora fica sob a ocupação da União Europeia ou do Banco Central Europeu. Mas nem nós, nem a Grécia, nem a Irlanda conseguimos pagar os créditos. A economia não tem meios, mesmo reduzindo os povos à miséria. Nós temos necessidade de cerca de 20 mil milhões de euros todos os anos de fluxos financeiros e não conseguimos produzir internamente – um défice que nos obriga a procurar financiamento externo. Agora corremos o risco, com este pacote, de a economia colapsar. Lembro que a Europa subsidiou, em determinada altura, o fecho de fábricas – como, por exemplo, as de açúcar de beterraba, que representavam 20% do nosso consumo –, e o abate de barcos de pesca. Cereais já praticamente não produzimos e chegámos a ser quase auto-suficientes. Temos de alterar o nosso modelo económico radicalmente e eliminar a dependência face ao exterior”.
Bem sei que os comunistas andam há anos a pregar numa espécie de deserto. Contudo, a famosa K7, afinal, é a única que conta a verdade. Mas calma com as tentações, porque quem assim falou, foi o senhor Jorge Landeiro de Vaz, (não é comunista), “ta renego”, mas é Doutor Europeu em Ciências Económicas e Empresariais e Diplomado em Marketing Management pela Universidade de Harvard. Mestre em Gestão pelo ISEG, onde é Professor Associado e Director do MBA (Master in Business Administration).
E agora? Agora, tenhamos nós, piedade de nós, porque desta escória e do grande economista Cavaco, só poderemos esperar mais profecias em dó menor.

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