quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A propósito dos Estaleiros Navais do Mondego


O fim dos Estaleiros Navais do Mondego não será nem mais nem menos do que a confirmação, e vitória já agora, desta política neo-liberal que faz da criação de desemprego, do aumento das desigualdades e das injustiças o seu grande desígnio. E pelas notícias que nos entram pelam casa adentro a agora tri-partida união nacional tem feito chegar a bom porto os seus intentos.
Lembremo-nos, só no concelho da Figueira da Foz, de algumas  empresas que encerraram na última década: Scottwool, Mendes e Monteiro, Alberto Gaspar, Navalfoz, EMEF.
Quais os encerramentos que se devem a gestões incompetentes e quais os que se devem a gestões dolosas nunca se chegará, com certeza, a saber.
Quanto ao desemprego, o nosso concelho contava com 2436 desempregados em Julho de 2005, número que aumentou para 3145 em Dezembro de 2010. Serão mais em 2011, só que não tenho dados sustentáveis.
Acresce que há cerca de 30 milhões de dívidas apuradas aos 2300 trabalhadores, que no distrito de Coimbra ficaram sem trabalho, créditos esses pendentes em tribunal.
Portanto, entre fugas ao fisco e dívidas aos trabalhadores os mais ricos vão ficando cada vez mais ricos e os mais pobres cada vez mais pobres, para contentamento da “troika colaboracionista”, ou, como já disse, união nacional tri-partida, se preferirem. Contentamento esse pela detenção do título de campeões da desigualdade, o que lhes dará a sensação de dever cumprido.
Porque desemprego, desigualdades, injustiças, fugas ao fisco, são coisas que ao governo" não assistem".

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