Dias internacionais há muitos. Disto e daquilo. Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Não sei se estamos em tempos de comemorações ou se será mais ajuizado uma reflexão.
Foi no advento do capitalismo puro e duro, não há outro, aliás, nos finais do século XIX, que as operárias de uma fábrica de tecidos decidiram fazer greve. Para exigir a redução do horário de trabalho para 10 horas, eram impostas 16, para equiparar os salários pois ganhavam um terço dos homens para o mesmo trabalho.
A manifestação foi reprimida, as mulheres fechadas no interior da fábrica que foi incendiada morrendo 130 trabalhadoras. Puro terrorismo, diria eu, se não estivéssemos a falar dos Estados Unidos, a pátria das liberdades que servem de padrão para o mundo ocidental.
No século XX as coisas mudaram um pouco, muito por “culpa” da União Soviética, das lutas dos trabalhadores por todo o mundo, obrigando o capitalismo a tornar-se um pouco menos selvagem. Na aparência.
Hoje em dia não é despiciendo afirmar que esses tempos estão a voltar. Temos estado a recuar. Um retrocesso agora às claras. Civilizacionalmente e tudo. Basta percebermos os direitos que milhares e milhares de trabalhadores estão a perder. Direitos que custaram muitos anos a conquistar.
Bem, chega de reflexão. Comemore-se.
Com a voz e a poesia de uma mulher.
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