Augusto Alberto
Poderia Dominique Strauss-Kahn ser hoje o Presidente da
República Francesa? Evidentemente que sim, não fosse aquele erro infantil
cometido em Nova Yorque ,
induzido por um inesperado fluxo da testerona, que o deixou à porta da loucura.
Seria entronizado como presidente de uma parte da elite francesa de direita,
que, para conseguir levar adiante as suas pretensões, se diz da esquerda,
socialista ou social-democrata.
Strauss-Kahn teria sido vendido como o homem bom, pelos seus
e pela sua imprensa, que apresenta duas mãos. A que suporta o prato da sopa e a
que estende o dedo indicador que indica, que se não deverá cuspir no jornal que
dá as sopas. Esconderiam o homem imoral, que está, hoje, sob investigação, para
confirmar que lidou com prostitutas e proxenetas quando frequentou festas de
sexo em Lille, Paris e Washington em 2010 e 2011, organizadas por empresários.
Esta é a “democracia” que se esgota em si, mas que nunca se deixa de renovar.
Por isso, se fala em alternância e nunca na mudança. Um embuste,
que vive da mentira e de considerar os povos como material a quem tudo se pode
vender, até um desqualificado e desequilibrado, como quem vende óleo de colza,
que mata e matou, por azeite virgem. E porque estruturalmente, mantêm no centro
do poder, um sistema perverso que permite que só cheguem os seus, por mais
desqualificados que sejam e que barra sistematicamente a eleição dos melhores,
e que por isso, se tornou o paraíso para as elites e o inferno para os povos.
Sarkozy, Holande ou Strauss-Kahn, têm gravado as caras na
mesma face da moeda, tal como Barroso, Seguro, Coelho, Cavaco, ou o inefável
Alexandre, o “paquiderme”, das megas mercearias “Pingo Doce”.
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