Augusto Alberto
Sabemos que admitiu como bom, que Cavaco com a sua imensa
sabedoria, poderia ajudar o governo da nação. Acontece que para além de Cavaco
ter aprendido de um modo só, ainda por cima é pouco culto e está associado a
gente medonha.
Para além da cartilha em que estudou, que manda que se tire
aos pobres para dar aos ricos, Cavaco é ainda pouco culto, porque nunca leu,
por exemplo, Eça. Tivesse lido, saberia que há pelo menos 150 anos, já Eça se
interrogava “que país é este que fecha
escolas no interior?”
Inculto e, para nosso martírio, instituído do poder,
colocou-se em linha com os camafeus, a quem Eça e demais pares, aconselhou a
fazerem o caminho inverso, tornando o país mais fácil e sério. Mas não. De uma
manápula, alinhou e alinha no fechamento do interior de Portugal. E, sem
hesitar neste seu miserável percurso, socorreu-se das mais transgressoras
figuras, que tiveram o topete de lhe empurrar o automóvel que o trouxe ao poder
e a um período dos mais deprimentes da História-pátria.
Do ponto de vista económico e social, e muito, mesmo muito,
do ponto de vista ético e moral, Cavaco e os amigos, constituídos em quadrilha,
são do mais reles que a pátria já pariu. Assaltaram o estado para abastardarem
consciências e a vida das pessoas. Para os mais recalcitrantes, meditemos neste
naco de notícia: Um inquérito judicial acaba de associar El-Assir, referenciado
internacionalmente como "traficante de armas", ao caso Karachi. Este
processo deve o nome a um atentado com vítimas mortais que está relacionado com
a venda de submarinos e fragatas francesas ao Paquistão e à Arábia Saudita. E
ainda: Foi Dias Loureiro quem levou El-Assir para a esfera do grupo presidido
por Oliveira e Costa, o ex-ministro de Cavaco Silva entre 1991 e 1995 e
ex-conselheiro de Estado até 2010.
Neste estendal sobrou-lhes ainda tempo para fazerem de um
“banco” uma espécie de “coelha”, que em tempo tão curto, pariu tanta riqueza
enlameada e fraudulenta. Os portugueses precisam de um país diferente, do de Eça
e de Cavaco, tão distante no tempo, mas tão igual.
Fazer baixar a quadrilha da “coelha”, é o mínimo que se
exige ao pobre povo.
Aos tribunais, exige-se que os mande prender.
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