Uma
interessante exposição sobre a capital do Brasil na sede do Partido Comunista
Francês, em Paris. Uma homenagem também aos seus construtores, como Lúcio Costa,
Óscar Niemeyer e outros.
Através
de obras de arte de conhecidos pintores e escultores, de maquetes, esboços, de
correspondência trocada entre “seu” Óscar, Lúcio Costa e Le Corbusier, com
fotografias da evolução dos acontecimentos e da chegada dos primeiros operários
que a construíram, maioritariamente vindos do nordeste e conhecidos por
“candangos”, ficamos com uma ideia da dimensão e importância histórica e
cultural da cidade.
É
a única cidade construída no século XX classificada pela UNESCO como património
cultural da humanidade. A ideia da sua construção remonta ao seculo XVIII, é da
autoria do Marquês de Pombal.
No
catálogo da exposição, e descontando o já engraçado chauvinismo gaulês, lê-se
que Brasília é brasileira mas tem um acento francês. E poderá ser verdade.
Vejamos: Lúcio Costa foi discípulo e influenciado por Le Corbusier, o slogan
mais célebre sobre Brasília foi criado por um génio da cultura francesa. “Brasília, capital da esperança”, foi
assim que Malraux se referiu quando visitou a cidade ainda em construção.
Recorde-se o que escreveu Niemeyer, anos mais tarde: “Uma cidade diferente, sem discriminação, injustiça, opressão e
violência, era o que imaginávamos estar construindo. Antes de 64.”
Continuando
com o toque francês. Foi em Paris, onde se exilou na época da ditadura, que
Niemeyer realizou o seu primeiro projecto no estrangeiro, a sede do PCF.
Na abóbada, ao fundo, a sala de reuniões do Comité Central |
fotos: alex campos
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