Augusto Alberto
O senhor vereador
António Tavares lobrigou o buraco por onde não passam os camelos, deu um passo
adiante, (enquanto os camelos ficam sempre especados, à espera que o leite caia
do céu), e aderiu ao Partido Socialista. Há pouco a dizer sobre esta opção
militante do senhor vereador, a não ser sublinhar a insistência na sua vontade
em ser vereador. Um direito democrático, a troco de uma chapelada. Ou o modo de
dizer, como no tempo do fascismo.
De todo o modo, o senhor vereador zomba dos eleitores e do
próprio P.S., porque a corja gosta muito de lustrar o amor à Pátria e à causa
pública e o que o senhor vereador disse -
partido para que trabalho há muitos anos… - contraria a tese de amores pelo
serviço público, demonstrando antes de mais gosto pelo umbigo e insanidade
táctica. Veremos se o golpe é de mestre, ou se pelo contrário, o cão aluado que
por ai anda, ainda um dia lhe possa sair ao caminho. Tenha o senhor vereador
tento com as canelas, porque uma mordidela à socapa deixa suplicantes marcas.
Todavia, tiremos ao senhor vereador Tavares o chapéu, porque
ao contrário de outra elite, não abjurou, oportunisticamente, a sua relação
afectiva e politica, ao partido alternadeiro. Assim, nesta nossa curva apertada
da vida colectiva, está achado o momento ideal para todo o tipo de oportunismos.
Há, inclusive, quem ache que o tempo está maduro. Desse modo, não havendo muito
mais a dizer, nada melhor do que utilizar, ainda que abusivamente, um fragmento
de um poema de um poeta jocoso, também oportunista, alinhado e oitocentista,
Nicolau Tolentino, para melhor definir a elite trampolineira e a opção do senhor
vereador Tavares…é mais brando um leão
do que um quadrilheiro.
Este é, pois, o perfil eterno da elite citadina,
que bem resfolga e saboreia a política da “viradeira”. Não sendo, todavia, o vereador
Tavares o primeiro, evidentemente, a vestir uma casaca que de inicio não foi
talhada a pensar nele.
Mesmo assim, que lhe sirva e bem a casaca e tenha especial
sucesso pessoal.
1 comentário:
Um comentário imbecil, ao melhor estilo sectário e estalinista do seu autor
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