quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Os elefantes ladrões e o Aníbal

Augusto Alberto
    

Os ladrões de Aníbal especializaram-se no assalto ao estado e por essa via, também, no assalto aos bancos. Aníbal, conhecido pelo de Boliqueime, uma terra com influências solidárias, por ventura, do norte de África, que desmerece, hoje, justamente, (desventurado, fanático e torcionário), doutorou-se em economês, na Universidade de York. Fez-se militante do Partido Popular Democratico, após a revolução de Abril de 1974, a que mais tarde se somou a algaraviada de Partido Social-Democrata. Um dia, já tarde, chegou a uma cidade à beira-mar, que por acaso é a minha, trazido por um Fiat e aí foi eleito em congresso Presidente do Partido.
Depois, suportado por sólida formação católica, garimpou a vida a pulso. Todavia, como é muito comum em tipos que batem repetidamente com a mão no peito, rodeou-se de salteadores, que se esparramam abaixo das montanhas do Marão até às franjas do Algarve, com Marrocos à vista. As suas necessidades de líder, foram satisfeitas, na última oportunidade, por cerca de 25% dos votos expressos, por parte dos indígenas que mal-amadamente dirige.
Contudo, os ladrões de Aníbal, comportam-se na República, como elefantes que usam a tromba para aspirar toda a riqueza criada. Na banca, aspiraram e aspiram tudo o que tilinta, sem que por ai, aparentemente, venha mal à República, porque continuam a caminhar e a fazer sentir o peso das patas, pelas praças, e os corredores alcatifados dos bancos, do Teatro Nacional de ópera de S. Carlos ou do Teatro Nacional D. Maria II, a rainha loira, de Portugal e também, (irra), dos Algarves. É relevante lembrar, que nesse período áureo, para além de abocanharem algumas grandes fortunas, não deixaram de extorquir, também, pequenas economias de cidadãos convencidos das bondades do sistema, entretanto, desmentidas a sal e lágrimas.
Entretanto, Aníbal, para além de continuar a ser o guia espiritual do gang elefântico, com saborosos proveitos, tornou-se também num entertainer de vão de escada. Raro é o mês em que não se contradiz. O que é verdade no início do mês que corre, rapidamente é contrariado no mês que virá, porque Aníbal, logo vê, na ponta do nariz, outras razoabilidades. Desse modo, este gang elefantino, procura na revisão da Constituição de 1976, que tacitamente jurou cumprir, e hoje, abjura, afastar o último obstáculo jurídico ao definitivo assalto à nação.

E o cidadão que fez parte das listas autárquicas desta gente, das duas, uma, ou está consciente da gravidade das consequências e por isso, tem mãos e consciência sujas, ou então, é pixote.  

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