terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que faz o crocodilo quando ataca a presa? Derrama lágrimas, bem sabemos

Augusto Alberto


Reagan e Thatcher, nas nuvens que conformam o inferno, devem estar a rir e a deitar lágrimas de crocodilo, porque Cavaco, traste como eles, deu-se ao papelinho, porque se pôs hoje ao arrepio do que defendeu ontem.
Acontece que todos os Povos têm o direito soberano de se levantar, se mister for, para se defenderem dos tiranos. Foi assim com o ANC, ao contrário do que dizem os que querem revisionar a História. Foi assim com os maltrapilhos, que enfrentaram as ordens de Napoleão, depois da elite fugir para o Brasil. Mas antes, já tinha sido, assim, em 1640. E no Brasil, em batalhas pela dignidade, como a dos Guararapes. Ou ainda, nas Américas, com Bolívar ou com Zapata, ou com Fidel e Chavez. E em África, com Lumumba, assassinado pelos cangaceiros ao serviço do Ocidente. E na Europa, contra a parte mais cruel do capitalismo, muito amachucado por dentro, o fascismo alemão.
A elite de hoje, que é a digna sucessora das elites de antanho, quer-nos fazer crer que a batalha pela emancipação, cultural, económica, social e política, se deve fazer unicamente num salão, a quem chama a casa da “democracia”. Se assim fosse, estava o Povo “bem frito”, porque quem manda nessa casa são fariseus, a quem os grandes grupos da advocacia e de banqueiros, que devoram a mesma carne e chupam o mesmo sangue, deram a tarefa de manter o controle político da Nação.
Não, as coisas não são assim, por mais que borreguem os “treteiros da democracia”. A democracia tem a sua casa, com efeito, mas a maior de todas ainda é a rua. Para a buscar, manter, ou, se caso disso, para a endireitar. A contragosto, na contemporaneidade, nas ruas, ainda não foram colocadas tabuletas a autorizar unicamente, o trânsito a cães e automóveis, e a proibir, o trânsito aos homens organizados, como fizeram os Ingleses, com o apartheid na China, antes de Mao e os “negros”, com o apartheid aos pretos, na África, de Mandela.
Em 1987, Reagan e Teachter, temeram por África. E Cavaco e o Presidente Soares, como sempre, dobraram a espinha. É preciso continuar a lembrar, que os Estados Unidos só retiraram Mandela da lista negra do terrorismo em 2008. Por isso, Obama que mande baixar a nuvem, desenhada pelo diabo, onde descansa e ri, Reagan, e se ponha, por lá, com ele, a trautear a rábula das “liberdades”. Ou então, que se entretenham a cortejar a “velha”, que colocou famílias inteiras de mineiros a pão e água e fez uma guerra feroz, para manter os “lordes” na casa do “poder”.

Um povo que deixa, pelo voto ou pela abstenção, eleger um tipo como Cavaco, que é uma nódoa, que já nem a benzina consegue remover, é outra nódoa. Por isso, para se purificar, só lhe resta, agora, sair à rua, ou então, nódoa continuará a ser.

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