Tenho para mim que qualquer dos seis poderia ter sido o vencedor da votação, isto atendendo à perspectiva, ou perspectivas, de quem vota. Não me custaria arranjar argumentos para defender qualquer um deles.
Se no plano nacional qualquer um foi o melhor na sua modalidade, ou ainda é, no caso de Costa, é no plano internacional ou na especificidade da própria modalidade que poderemos encontrar ajuda para a escolha.
Do record mundial de Pessoa e das suas características físicas, invulgares, que o tornaram imbatível quer como sprinter quer como corredor de fundo; do 5º lugar olímpico de Rafael de Sousa à prática do difícil Pentatlo Moderno; de Álvaro Dias nunca ter sido vencido no salto em comprimento, à minha dedução, polémica e muito possivelmente improvável de que, hoje, com as tecnologias colocadas ao serviço do desporto, Dias seria candidato à medalha de ouro e ao record mundial; o lugar de Alves Barbosa no top ten da mais credenciada prova ciclista mundial; do 11º lugar mundial e dois 10º europeus de Pedro Carvalho, à sua ausência, de difícil explicação, nos Jogos Olímpicos de Seul, após ter conseguido os mínimos; dos primeiros lugares em etapas da Taça do Mundo ao 7º lugar nas olimpíadas de Sidney de João Costa, passando pelo 4º lugar no ranking mundial em 2007 e pela esperança de uma medalha já daqui a nada, em Pequim.
São seis dos muitos atletas de que a Figueira se orgulha e se há-de orgulhar.
Um agradecimento aos visitantes que votaram.
(As imagens: Bento Pessoa, aos 32 anos, 1905, último ano de competição e Pedro Carvalho, 2008, obtendo os mínimos para o mundial de Masters, competição que venceu em 2004).
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