sábado, 28 de março de 2009

PCP evoca centenário de Agostinho Saboga

A Comissão Concelhia do PCP da Figueira da Foz evocou, esta tarde, o centenário de Agostinho Saboga. A sessão, que se realizou no "Tubo de Ensaio" contou com a presença de José Casanova, director do jornal "Avante!".
Casanova, que conheceu Agostinho Saboga na prisão de Peniche, enalteceu a personalidade do militante comunista, preso por três vezes e que por três vezes não cedeu às torturas a que foi sujeito pelos esbirros do regime. Saboga foi delegado aos congressos de 1943 e 1946, realizados na clandestinidade, no Estoril e na Lousã, respectivamente.
Operário vidreiro, este militante, que deu o nome ao Centro de Trabalho do PCP na Figueira da Foz e que integra a toponímia da cidade, totalizou 14 anos de prisão e mais alguns de vida clandestina. É um dos muitos combatentes a quem devemos a liberdade.


4 comentários:

samuel disse...

A nossa História faz-se destes homens e não dos fidalgotes, tiranetes, criminosos e traidores que sempre nos impingiram nos manuais "martelados" pela ideologia dominante.

Abraço

Fernando Samuel disse...

Justíssima homenagem a Agostinho Saboga.

Um abraço.

anónimo "neoliberal" disse...

Até posso vir a ter o maior respeito pela personalidade referida, mas desconheço a sua acção concreta e/ou vestígios do seu pensamento.
De qualquer forma, a beatificação dos heróis ou santos é um tique comum de todas as Igrejas, Seitas e Partidos totalitários.

Anónimo disse...

Como diria Batista-Bastos, "cada vez mais nos afastamos uns dos outros. Trespassamo-nos sem nos ver. Caminhamos nas ruas com a apática indiferença de sequer sabermos quem somos. Nem interessados estamos em o saber. Os dias deixaram de ser a aventura do imprevisto e a magia do improviso para se transformarem na amarga rotina do viver português e do existir em Portugal.
Deixámos cair a cultura da revolta. Não falamos de nós. Enredamo-nos na futilidade das coisas inúteis, como se fossem o atordoamento ou o sedativo das nossas dores. E as nossas dores não são, apenas, d’alma: são, também, dores físicas.
Lemos os jornais e não acreditamos. Lemos, é como quem diz – os que lêem. As televisões são a vergonha do pensamento. Os comentadores tocam pela mesma pauta e sopram a mesma música. Há longos anos que a análise dos nossos problemas está entregue a pessoas que não suscitam inquietação em quem os ouve. Uma anestesia geral parece ter sido adicionada ao corpo da nação.
Fizeram a privatização de quase tudo, especialmente da saúde, o mais rendível - e disseram, que para defender o SNS! O desemprego atinge picos elevadíssimos. Sócrates diz exactamente o contrário. A mentira constitui, hoje, um desporto particularmente requintado. É impossível ver qualquer membro deste Governo sem ser assaltado por uma repugnância visceral. O carácter desta gente é inexistente. Nenhum deles vai aos jornais, às Televisões e às Rádios falar verdade, contar a evidência. E a evidência é a fome, a miséria, a tristeza do nosso amargo viver; os nossos velhos a morrerem nos jardins, com reformas de não chegam para comer quanto mais para adquirir remédios; os nossos jovens a tentar a sorte no estrangeiro, ou a desafiar a morte nas drogas; a iliteracia, a ignorância, o túnel negro sem fim.
Diz-se que, nas próximas eleições, este agrupamento voltará a ganhar. Diz-se que a alternativa é pior. Diz-se que estamos desgraçados.
Vivemos num país que já nada tem a ver com o País de Abril. Aliás, penso, seriamente, que pouco tem a ver com a democracia. O quero, posso e mando de José Sócrates, o estilo hirto e autoritário, moldado em Cavaco, significa que nem tudo foi extirpado do que de pior existe nos políticos portugueses. Há um ranço salazarista nesta gente. E, com a passagem dos dias, cada vez mais se acentua a ideia de que a saída só reside na cultura da revolta.

Esta é a realidade neoliberal, no poder.
Foi contra isto, que Homens do Povo, simples, honestos e bons, lutaram e sacrificaram a sua felicidade e a dos seus. sem esperam contraparidas, benesses ou mordomias.
Senhor anónimo neoliberal, se não tem respeito por si, respeite quem o merece.

Nota: não assino com o meu nome, porque você não merece. Neste caso, por isso mesmo, fico em igualdade consigo.