segunda-feira, 1 de junho de 2009

A uma criança

as longas mãos, cobertas de silêncios
e de esperas
acariciam agora, outras mãos,
mais pequenas e mais belas…
e desse contacto tão distante,
que ainda é saudade,
e é já promessa,
nasce a íntima certeza
de que o sangue do meu corpo
corre para o teu,
como uma herança…

estão presas as minhas mãos,
às tuas mãos, criança!
e sobre a ponte frágil
dos nossos dedos confundidos
como cadeias de hera,
se ergue dia a dia
a esperança desta dor
e desta espera…

3 comentários:

samuel disse...

Muito bom!

Abraço.

Fernando Samuel disse...

Belíssimo poema da grande da Alda Lara.

Um abraço.

Bonnie disse...

Reatámos os assaltos