Augusto Alberto
O debate entre Louça e Jerónimo de Sousa foi muito preciso quanto à clareza das diferenças, nos conteúdos, entre o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português. Só não entendeu quem está de má fé, é ignorante ou está desatento.
A propósito da banca, Jerónimo definiu muito claramente a importância de uma banca na esfera pública capaz de ajudar o tecido produtivo, de imediato, as pequenas e médias empresas, pela baixa dos juros e spreads. Louçã a este propósito, deixou-nos a ideia do que necessitamos é de mais regulação e de um melhor regulador e basta.
Como sair deste estado de coisas? Jerónimo disse que será imperioso melhorar os salários em ordem a dinamizar o mercado interno, porque não basta exportar, é preciso produzir mais para diminuir a dependência. Deu como exemplo, inclusive, o modo como os Estados Unidos recuperaram da crise de 1929. Da transferência de uma pequena parte dos fabulosos lucros das grandes empresas, a Edp por exemplo, em linha com uma baixa do preço da electricidade a favor das empresas. E quanto às grandes obras, tgv e aeroporto, a questão é saber quanto vai a indústria nacional incorporar nessas obras. Quem faz por exemplo as carruagens, os pernos, parafusos, os carris, as vigas, etc. Esta questão é central, sob pena de afinal, a coisa se tornar mais um bodo às grandes empresas internacionais, da metalomecânica e metalurgia, sangrando mais recursos nacionais para o exterior. Nesta matéria, seria importante que tanto o P.S, o PSD/PPD e o CDS, que é quem tem governado a pátria, nos dissessem o que foi feito das nossas grandes empresas da metalurgia pesada e metalomecânica, que agora vinham a propósito. Louçã falou da teia de interesses, do Coelho da MotaEngil e de uma taxa sobre as grandes fortunas e mais não disse. Isso já nós sabemos, caro Louçã, a questão é saber como mudar as coisas.
Poderemos então concluir, de modo rápido, que Jerónimo propõe mudanças e Louça propõe mudar, sem nada mudar, ou seja, coloca-se numa espécie de quadratura do círculo. Difícil!
Houve tempos que para trancar os comunistas, se inventou a Pintassilgo, depois ainda o PRD, a seguir um Alegre e entretanto reuniram-se vontades, muito diferentes e aconteceu o Bloco de Esquerda. De há uns anos a esta parte o Partido Socialista tem feito na prática e nos conceitos de PPD/PSD, com uma pequena nuance, promove a pobreza e depois vem praticar uma vaga caridadezinha, bem ao gosto de algumas elites da caca. E entretanto o Bloco vem fazendo finamente, como se vê, de Partido Socialista, ou cada vez mais claro, de partido social-democrata. O Bloco, que hoje é um bom aconchego, foi inventado com a clara intenção de escavar o Partido Comunista, mas acontece que afinal, ambos, crescem.
Depois do debate, ainda arranjei coragem para ver e ouvir as tortuosas análises dos analistas e comentadores da praxe e do regime. Um deles, lúcido, mas só um poucochinho, descobriu afinal, que, como acima disse, ambos, o Bloco e o Partido Comunista, crescem, mas de tão poucochinho, não soube concluir. E a conclusão é óbvia, o boneco está a comer o criador, ou para usar mais clareza, o Partido Socialista queria ir à pesca, mas está em risco de ser ele próprio pescado.
E esta! Quem diria… O tempo vai ajudar a clarificar e pode ser que já não falte muito.
A propósito da banca, Jerónimo definiu muito claramente a importância de uma banca na esfera pública capaz de ajudar o tecido produtivo, de imediato, as pequenas e médias empresas, pela baixa dos juros e spreads. Louçã a este propósito, deixou-nos a ideia do que necessitamos é de mais regulação e de um melhor regulador e basta.
Como sair deste estado de coisas? Jerónimo disse que será imperioso melhorar os salários em ordem a dinamizar o mercado interno, porque não basta exportar, é preciso produzir mais para diminuir a dependência. Deu como exemplo, inclusive, o modo como os Estados Unidos recuperaram da crise de 1929. Da transferência de uma pequena parte dos fabulosos lucros das grandes empresas, a Edp por exemplo, em linha com uma baixa do preço da electricidade a favor das empresas. E quanto às grandes obras, tgv e aeroporto, a questão é saber quanto vai a indústria nacional incorporar nessas obras. Quem faz por exemplo as carruagens, os pernos, parafusos, os carris, as vigas, etc. Esta questão é central, sob pena de afinal, a coisa se tornar mais um bodo às grandes empresas internacionais, da metalomecânica e metalurgia, sangrando mais recursos nacionais para o exterior. Nesta matéria, seria importante que tanto o P.S, o PSD/PPD e o CDS, que é quem tem governado a pátria, nos dissessem o que foi feito das nossas grandes empresas da metalurgia pesada e metalomecânica, que agora vinham a propósito. Louçã falou da teia de interesses, do Coelho da MotaEngil e de uma taxa sobre as grandes fortunas e mais não disse. Isso já nós sabemos, caro Louçã, a questão é saber como mudar as coisas.
Poderemos então concluir, de modo rápido, que Jerónimo propõe mudanças e Louça propõe mudar, sem nada mudar, ou seja, coloca-se numa espécie de quadratura do círculo. Difícil!
Houve tempos que para trancar os comunistas, se inventou a Pintassilgo, depois ainda o PRD, a seguir um Alegre e entretanto reuniram-se vontades, muito diferentes e aconteceu o Bloco de Esquerda. De há uns anos a esta parte o Partido Socialista tem feito na prática e nos conceitos de PPD/PSD, com uma pequena nuance, promove a pobreza e depois vem praticar uma vaga caridadezinha, bem ao gosto de algumas elites da caca. E entretanto o Bloco vem fazendo finamente, como se vê, de Partido Socialista, ou cada vez mais claro, de partido social-democrata. O Bloco, que hoje é um bom aconchego, foi inventado com a clara intenção de escavar o Partido Comunista, mas acontece que afinal, ambos, crescem.
Depois do debate, ainda arranjei coragem para ver e ouvir as tortuosas análises dos analistas e comentadores da praxe e do regime. Um deles, lúcido, mas só um poucochinho, descobriu afinal, que, como acima disse, ambos, o Bloco e o Partido Comunista, crescem, mas de tão poucochinho, não soube concluir. E a conclusão é óbvia, o boneco está a comer o criador, ou para usar mais clareza, o Partido Socialista queria ir à pesca, mas está em risco de ser ele próprio pescado.
E esta! Quem diria… O tempo vai ajudar a clarificar e pode ser que já não falte muito.
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