Augusto Alberto
Está um dia frio e por isso talvez o almoço me tenha sabido bem. Aliás, melhor me soube, porque vi uma superlativa equipa feminina portuguesa, digo portuguesa, porque para lá de Portugal e da Europa, há mais mundo e nesse outro mundo, mandam outras mulheres, a sagrar-se Campeã da Europa de corta-mato por equipas. Numa pista muita difícil, pesadíssima, porque a lama era muita, a exigir grande capacidade muscular, e grande capacidade de resistir ao desgaste físico. Na véspera da competição, a pista esteve interdita a treinos dado o estado difícil provocado pela chuva. Devo dizer que a prova colectiva neste corta-mato, suplanta em interesse o resultado desportivo individual e desse ponto de vista, a equipa feminina actuou sempre muito junta, abdicando da possibilidade de um resultado individual de algum relevo. Aliás, será bom dizer também que cada equipa poderá ser formada por 6 atletas e que pontuam para a classificação final, as quatro melhores. A equipa lusa foi de tal forma eficaz, que mesmo que algum percalço tivesse ocorrido com uma das suas 4 atletas melhor classificadas, a sua última atleta, a veterana e resistente, Ana Dias, bastaria para resolver a questão do título. Estão de parabéns estas meninas de Portugal, ainda que por vezes se distraíam, sobretudo quando a competição se coloca a um nível superior a um Campeonato da Europa. Mas isso, é a vida. As coisas são o que são e cada um de nós deverá saber bem o lugar que poderá ocupar em cada momento.
A equipa masculina, melhorou um pouco relativamente ano passado. Terminou em 5º lugar, à custa de alguma renovação entretanto já realizada. Longe vãos os tempos das grandes conquistas. Aliás, é interessante dizer que hoje, muitas equipas da Europa, inclusive Portugal, absorveram jovens da diáspora africana, que ajudaram a enriquecer uma disciplina que desde há muito é dominada por africanos. Atrevo-me a dizer que o último grande atleta das sagas dos atletas brancos, talvez tenha sido Carlos Lopes. Dos seis atletas, terminaram somente 4. O veterano de 41 anos, José Ramos, diz bem do estado a que as coisas chegaram, e o seu colega, Alberto Paulo, este vítima de um trambolhão logo após a partida, deve ter ficado mal tratado, desistiram.
Do fundo português, sobretudo o masculino, será bom dizer que as coisas vão sucedendo um pouco como em outros tempos. Ainda outro dia, um dos nossos melhores atletas, creio que fez parte desta equipa, confessava que começa o dia cerca das 6.00 horas da manhã, de seguida vai rebocar ou levantar paredes e volta pela tarde às sapatilhas e à estrada.
Dir-se-á que as coisas são o que são. Mas eu acho que terão de ser diferentes, porque um pedreiro com jeito para a corrida, deverá, num país a sério e com uma politica desportiva decente, ser corredor e não pedreiro. Aliás, como Ronaldo se tornou o melhor jogador do mundo e não noutra coisa qualquer, para gosto dele próprio e de muita outra gente. Deste ponto de vista, voltamos muito atrás e já lá vão as vantagens criadas com o desporto para todos, que Abril nos deu. Estamos muito, como nos tempos de Salazar e na merda da primavera marcelista, na fase do futebol e Fátima. Já lá vai o Europeu, mas vem a alta velocidade, os mundiais. Talvez o santo padre para o ano quando nos visitar, faça um milagre. O problema é que estas coisas são bem mais terrenas, ainda que de quando em vez, possa haver um bambúrrio.
Está um dia frio e por isso talvez o almoço me tenha sabido bem. Aliás, melhor me soube, porque vi uma superlativa equipa feminina portuguesa, digo portuguesa, porque para lá de Portugal e da Europa, há mais mundo e nesse outro mundo, mandam outras mulheres, a sagrar-se Campeã da Europa de corta-mato por equipas. Numa pista muita difícil, pesadíssima, porque a lama era muita, a exigir grande capacidade muscular, e grande capacidade de resistir ao desgaste físico. Na véspera da competição, a pista esteve interdita a treinos dado o estado difícil provocado pela chuva. Devo dizer que a prova colectiva neste corta-mato, suplanta em interesse o resultado desportivo individual e desse ponto de vista, a equipa feminina actuou sempre muito junta, abdicando da possibilidade de um resultado individual de algum relevo. Aliás, será bom dizer também que cada equipa poderá ser formada por 6 atletas e que pontuam para a classificação final, as quatro melhores. A equipa lusa foi de tal forma eficaz, que mesmo que algum percalço tivesse ocorrido com uma das suas 4 atletas melhor classificadas, a sua última atleta, a veterana e resistente, Ana Dias, bastaria para resolver a questão do título. Estão de parabéns estas meninas de Portugal, ainda que por vezes se distraíam, sobretudo quando a competição se coloca a um nível superior a um Campeonato da Europa. Mas isso, é a vida. As coisas são o que são e cada um de nós deverá saber bem o lugar que poderá ocupar em cada momento.
A equipa masculina, melhorou um pouco relativamente ano passado. Terminou em 5º lugar, à custa de alguma renovação entretanto já realizada. Longe vãos os tempos das grandes conquistas. Aliás, é interessante dizer que hoje, muitas equipas da Europa, inclusive Portugal, absorveram jovens da diáspora africana, que ajudaram a enriquecer uma disciplina que desde há muito é dominada por africanos. Atrevo-me a dizer que o último grande atleta das sagas dos atletas brancos, talvez tenha sido Carlos Lopes. Dos seis atletas, terminaram somente 4. O veterano de 41 anos, José Ramos, diz bem do estado a que as coisas chegaram, e o seu colega, Alberto Paulo, este vítima de um trambolhão logo após a partida, deve ter ficado mal tratado, desistiram.
Do fundo português, sobretudo o masculino, será bom dizer que as coisas vão sucedendo um pouco como em outros tempos. Ainda outro dia, um dos nossos melhores atletas, creio que fez parte desta equipa, confessava que começa o dia cerca das 6.00 horas da manhã, de seguida vai rebocar ou levantar paredes e volta pela tarde às sapatilhas e à estrada.
Dir-se-á que as coisas são o que são. Mas eu acho que terão de ser diferentes, porque um pedreiro com jeito para a corrida, deverá, num país a sério e com uma politica desportiva decente, ser corredor e não pedreiro. Aliás, como Ronaldo se tornou o melhor jogador do mundo e não noutra coisa qualquer, para gosto dele próprio e de muita outra gente. Deste ponto de vista, voltamos muito atrás e já lá vão as vantagens criadas com o desporto para todos, que Abril nos deu. Estamos muito, como nos tempos de Salazar e na merda da primavera marcelista, na fase do futebol e Fátima. Já lá vai o Europeu, mas vem a alta velocidade, os mundiais. Talvez o santo padre para o ano quando nos visitar, faça um milagre. O problema é que estas coisas são bem mais terrenas, ainda que de quando em vez, possa haver um bambúrrio.
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