Estava eu posto nos meus sossegos e até já tinha quase esquecido as rábulas, pré e pós autárquicas, quando de novo acordei para a Figueira da Foz. E porquê? Porque voltamos à rábula do parque desportivo para a cidade. Inevitável!
Já se sabia que a proposta de um parque desportivo para a cidade e concelho é coisa torta. Entre mais estudos, existem por ali linhas de água, expropriações devidas, terrenos em reserva ecológica nacional e financiamento, nada está acautelado. Ou antes, do ponto de vista do financiamento, a única cautela é a que diz respeito à construção de um campo de golfe. Um green, porque, antes de tudo, o glamour.
Há muitos anos, o meu amigo Professor Borronha, responsável pelo desporto autárquico, maçou-me durante semanas, porque queria que eu fosse o chefe de uma equipa de atletismo, que equipa de atletismo, da minha Freguesia de Buarcos, para participar na corrida das Freguesias, com bênção do Município, pelas festas do S. João. Sempre lhe disse que não. À época a autarquia adquiriu uma máquina para fazer pedaços de tijolo, pó. Pó que foi espalhado pelos corredores do parque das Abadias. Sugeri que parte desse pó fosse espalhado e compactado na pista de atletismo do estádio Municipal, no sentido de tornar o piso mais regular e adequado à corrida. A resposta do Presidente Aguiar, como era regra, foi não. Nada feito. Não havia pó vermelho na pista nem dinâmica desportiva no concelho, nem eu correria no folclore autárquico. Foi exactamente isto que eu disse, encostadinho à linha de meta, ao meu amigo professor Borronha e ao Presidente Aguiar. Apesar de lhes estragar o rame-rame, ainda tiveram tempo para esbugalhar os olhos e lá ouviram sem tossir e mugir.
Vão quase 20 anos e nada mudou.
Tanto o Partido Socialista como o Partido Social-democrata, à vez, prometem o que sabem ser difícil. Sucedeu exactamente o mesmo, só com uma diferença. O actual Presidente da Câmara, apertado, empurrou com a barriga para a frente e despachou o assunto, de modo habitual. O imbróglio está ali instalado, pelas razões expostas e ainda por uma outra razão superior. È que pelos vistos, a autarquia resolveu entender-se com a construtora Somague, com caderno de encargos e prazos e agora diz o presidente, a autarquia corre o risco de ter de indemnizar a empresa num valor próximo do milhão e 500 mil euros. Ora cá está como se preparam as almas e como tudo está bem arrumadinho. As cidades podem perder, mas os sacanas do betão, sabem ao que vão, sem risco, mesmo que não tenham nadinha a ver com as terras e as gentes. Só com o dinheiro. Certo, pelos vistos, a Somague, sem mover um metro cúbico de barro ainda vai arrecadar o que lhe é ilícito.
É de lamentar que a anterior gestão autárquica, os com pelouro e os insonsos da oposicrática, sem pelouro, se tenham fechado em copas e tivessem escondido a realidade dos cidadãos eleitores e tenham mais uma vez insistido na mentira.
A gente sabe quem perde. E os figueirinhas que quiserem ter uma actividade lúdica, como tantas vezes tenho lembrado, dediquem-se à pesca, nadem com as barbatanas ao longo da praia ou façam como eu, marchem ou corram pela areia, utilizando o grande complexo desportivo e lúdico, que é a praia e o oceano, que o criador construiu sem necessidade de expropriações, taxas, estudos e demais técnicos e construtores.
Ai figueirinhas, figueirinhas, como sois tratados! E quanto a autarcas desavergonhados, a ser verdade, eu acredito no que se disse e li, só existe um lugar onde deveriam passar, sem actividade que se veja. Uns tempitos na cadeia.
Mas ficai atentos, porque novas rábulas virão. Tenho a certeza.
Já se sabia que a proposta de um parque desportivo para a cidade e concelho é coisa torta. Entre mais estudos, existem por ali linhas de água, expropriações devidas, terrenos em reserva ecológica nacional e financiamento, nada está acautelado. Ou antes, do ponto de vista do financiamento, a única cautela é a que diz respeito à construção de um campo de golfe. Um green, porque, antes de tudo, o glamour.
Há muitos anos, o meu amigo Professor Borronha, responsável pelo desporto autárquico, maçou-me durante semanas, porque queria que eu fosse o chefe de uma equipa de atletismo, que equipa de atletismo, da minha Freguesia de Buarcos, para participar na corrida das Freguesias, com bênção do Município, pelas festas do S. João. Sempre lhe disse que não. À época a autarquia adquiriu uma máquina para fazer pedaços de tijolo, pó. Pó que foi espalhado pelos corredores do parque das Abadias. Sugeri que parte desse pó fosse espalhado e compactado na pista de atletismo do estádio Municipal, no sentido de tornar o piso mais regular e adequado à corrida. A resposta do Presidente Aguiar, como era regra, foi não. Nada feito. Não havia pó vermelho na pista nem dinâmica desportiva no concelho, nem eu correria no folclore autárquico. Foi exactamente isto que eu disse, encostadinho à linha de meta, ao meu amigo professor Borronha e ao Presidente Aguiar. Apesar de lhes estragar o rame-rame, ainda tiveram tempo para esbugalhar os olhos e lá ouviram sem tossir e mugir.
Vão quase 20 anos e nada mudou.
Tanto o Partido Socialista como o Partido Social-democrata, à vez, prometem o que sabem ser difícil. Sucedeu exactamente o mesmo, só com uma diferença. O actual Presidente da Câmara, apertado, empurrou com a barriga para a frente e despachou o assunto, de modo habitual. O imbróglio está ali instalado, pelas razões expostas e ainda por uma outra razão superior. È que pelos vistos, a autarquia resolveu entender-se com a construtora Somague, com caderno de encargos e prazos e agora diz o presidente, a autarquia corre o risco de ter de indemnizar a empresa num valor próximo do milhão e 500 mil euros. Ora cá está como se preparam as almas e como tudo está bem arrumadinho. As cidades podem perder, mas os sacanas do betão, sabem ao que vão, sem risco, mesmo que não tenham nadinha a ver com as terras e as gentes. Só com o dinheiro. Certo, pelos vistos, a Somague, sem mover um metro cúbico de barro ainda vai arrecadar o que lhe é ilícito.
É de lamentar que a anterior gestão autárquica, os com pelouro e os insonsos da oposicrática, sem pelouro, se tenham fechado em copas e tivessem escondido a realidade dos cidadãos eleitores e tenham mais uma vez insistido na mentira.
A gente sabe quem perde. E os figueirinhas que quiserem ter uma actividade lúdica, como tantas vezes tenho lembrado, dediquem-se à pesca, nadem com as barbatanas ao longo da praia ou façam como eu, marchem ou corram pela areia, utilizando o grande complexo desportivo e lúdico, que é a praia e o oceano, que o criador construiu sem necessidade de expropriações, taxas, estudos e demais técnicos e construtores.
Ai figueirinhas, figueirinhas, como sois tratados! E quanto a autarcas desavergonhados, a ser verdade, eu acredito no que se disse e li, só existe um lugar onde deveriam passar, sem actividade que se veja. Uns tempitos na cadeia.
Mas ficai atentos, porque novas rábulas virão. Tenho a certeza.
3 comentários:
A negociata está na cara para toda a gente e não me admira que arranjem uma rebuscadíssima justificação jurídica que ainda confira uma medalha aos participantes.
O que me escapa é como se faz um campo de golfe numa encosta íngreme. Arraza-se a encosta ou faz-se o campo num cantinho do jardim das moradias a construir?
E porque não uma pista de gelo na praia?
É o país que temos, meu caro!
Obrigada pelo comentário.
Beijinho
O campo de golf não fazia partye do projecto do santana lopes, elaborado em colaboração com a malta do atletismo.
Esse campo foi "metido" pelo Paulo Pereira Coelho que mandou ás urtigas o projecto do Santana.
Não há qualquer entrave à realização do projecto (Santana) a não ser a vontade política o ua falta dela.
Mas já tá visto: mais uma promessa eleitoral a ir para o galheiro.
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