por Augusto Alberto
Há dias, num daqueles programas televisivos onde a palheta leva o tempo e, por isso, parecem pertinentes e inteligentes, - não é por acaso que Nuno Rogério, um dos gurus do “establishment”, o conduz - , tive a oportunidade de “ouver” uma extensa entrevista a um sábio japonês, professor universitário, na Cidade de Kobe. A propósito da grandeza da China dos pontos de vista físico e económico, o sábio colheu-me com a afirmação de que para o Japão e provavelmente para o mundo, melhor seria que a China fosse mais curta, à custa da sua unidade física, deixando para o acaso, claro está, as consequências. É evidente que este sábio japonês, mais sábio do que eu com certeza, esqueceu-se de dizer que com o tempo os chineses já viram o cú ao mundo, e também o dos japoneses. Aliás, nesta matéria, um também sábio cá da praça escreveu sobre o avanço das novas potências e a perda de influência dos Estados Unidos e sobretudo da Europa. Identificou os avanços e os recuos, mas não foi capaz de concluir. E concluir, é tão só, dizer o seguinte: chegou o momento em que muitos países, ricos em recursos naturais, como alguns da América Latina, do Oriente, incluindo naturalmente a China, a Rússia, que ainda nos escombros da ex-União Soviética, rapidamente criou uma nova classe de “boiardos”, antes que fosse tarde, frustrando ambições, resolveram ser eles a utilizar esses seus recursos em proveito próprio, em vez de serem terceiros.
Há dias, num daqueles programas televisivos onde a palheta leva o tempo e, por isso, parecem pertinentes e inteligentes, - não é por acaso que Nuno Rogério, um dos gurus do “establishment”, o conduz - , tive a oportunidade de “ouver” uma extensa entrevista a um sábio japonês, professor universitário, na Cidade de Kobe. A propósito da grandeza da China dos pontos de vista físico e económico, o sábio colheu-me com a afirmação de que para o Japão e provavelmente para o mundo, melhor seria que a China fosse mais curta, à custa da sua unidade física, deixando para o acaso, claro está, as consequências. É evidente que este sábio japonês, mais sábio do que eu com certeza, esqueceu-se de dizer que com o tempo os chineses já viram o cú ao mundo, e também o dos japoneses. Aliás, nesta matéria, um também sábio cá da praça escreveu sobre o avanço das novas potências e a perda de influência dos Estados Unidos e sobretudo da Europa. Identificou os avanços e os recuos, mas não foi capaz de concluir. E concluir, é tão só, dizer o seguinte: chegou o momento em que muitos países, ricos em recursos naturais, como alguns da América Latina, do Oriente, incluindo naturalmente a China, a Rússia, que ainda nos escombros da ex-União Soviética, rapidamente criou uma nova classe de “boiardos”, antes que fosse tarde, frustrando ambições, resolveram ser eles a utilizar esses seus recursos em proveito próprio, em vez de serem terceiros.
Aliás, como é possível que países sem recursos naturais tenham conseguido ao longo de décadas, níveis de riqueza que os países com esses recursos não conseguiram? Só pode haver uma conclusão: colonialismo! Parece que a coisa vai no sentido da mudança, com esses países ricos em recursos a começarem a dar resposta às necessidades dos seus milhões de almas, porque também têm o direito a quererem ser felizes, e aqueles que durante anos fizeram da rapina o seu meio de enriquecimento a ficar em apuros. Pois é! Somadas as coisas, a crise do capitalismo é hoje uma evidência, mas nada de concluir que ao grande capital estão a acabar os recursos e muito menos os truques. Antes pelo contrário. As coisas serão vendidas com luta e não é possível, hoje, com toda a certeza, saber o que vai suceder já amanhã, ainda que possa ser doloroso. E por isso, não é por acaso que chegados ao Outono e olhando os vários prémios, concluímos, que à falta de boas explicações, repete-se a velha retórica do anticomunismo. Foi uma catadupa! O prémio Nobel da literatura, a um velho anticomunista peruano, sempre enrolado nas suas inábeis confusões, incluindo uma derrota eleitoral. Um prémio Nobel da Paz, a um “dissidente” chinês, que ameaçou atirar-se para debaixo dos tanques. E o prémio Sakarov, a um “dissidente” cubano, que esteve a pele e osso e resistiu quanto pode a manutenção da sua vida, ou no mínimo, jogou a vida no limite. A ser verdade esta teoria, para além de dissidente, é só mais um sábio. Desta feita, do embuste.
Parece afinal que os estrategas do Pentágono não conseguem de todo, trazer a água ao seu moinho. Ou seja, queimaram as pestanas durante anos a defender a inevitabilidade do controlo americano dos recursos mundiais e desse jeito, acabaram a meter-se em loucura de onde só se sai com as pernas a tremer.
Mas pelos vistos, em tempos de apertadas explicações, ainda é útil recorrer ao velho truque anticomunista, que é coisa mais simples e de rendimento garantido.
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