As perfomances anti-sociais e o cariz fascizante do "modus operandi" de algumas (quase todas) empresas, na sua ânsia de obter lucro custe o que custar à dignidade humana, explicam-nos por vezes o conteúdo de algumas teorias. Pelo menos quando não conseguem disfarçar e as suas acções chegam às páginas dos jornais.
A Eurest, que aqui já foi apresentada, também actua na Figueira da Foz.
É a empresa que serve as refeições na escola Secundária Cristina Torres. Em conversa com alguns alunos e ex-alunos daquele estabelecimento escolar ficamos a saber que os serviços da famigerada empresa têm uma qualidade muito abaixo do mínimo exigivel.
E assim, a maioria dos alunos, à excepção de um ou outro, ou os subsidiados, ou seja, os muito pobres que não têm, infelizmente, outro remédio, não utilizam a cantina, servindo-se do bar da escola e dos estabelecimentos de hotelaria que existem nas vizinhanças.
Sabendo-se que a famigerada empresa, como muitas aliás, é bem paga com o dinheiro dos contribuintes, percebe-se melhor a teoria defendida pela direita a que chamam "menos estado".
Com governos de feição é fácil despedir só porque e fazerem-se fortunas à custa de quem trabalha e paga impostos.
O proxenetismo deveria ser considerado crime.
Disse.
4 comentários:
Disseste... e muito bem!
Abraço.
O despedimento da trabalhadora por parte da Eurest é sempre de lamentar. Infelizmente é o que se vê todos os dias.
Quanto à fraca qualidade da alimentação, nada nos garante que se fosse o Estado a fornecê-la (funcionários da própria Escola) seria de melhor qualidade. No exército, às vezes, acontecia o mesmo, mas quando estava de serviço um oificial de "gancho" e cavalheiro, de certeza que o rancho era bom. Ora, porque é que o C. directivo da Escola, não nomeia alguém para fazer a prova do prato do dia? Têm essa obrigação. Se a empresa não cumprir também pode ser despedida, ou não?!...
Ou não.
Sabe-se que os directores das escolas são, independentemente de serem pessoas decentes ou não, nomeados. Isto explica muita coisa.
Também não investiguei quem são os donos da EUREST, mas pela falta qualidade que ostenta, ou dão uns trocados para os partidos do poder ou pertencem-lhes.
E o lucro é o que importa, como toda a gente sabe.
Uma correção:
Segundo consegui saber os conselhos directivos ou directores das escolas não têm nada a ver com oa "carteringues" das ditas.
Depende tudo das direcções regionais de educação, mas o problema é o mesmo pois são igualmente nomeadas, e sabe-se da "transparência" que grassa pelo país.
Há escolas aqui no concelho da Figueira da Foz que não têm esses "carteringues", muito provavelmente porque não têm um número suficiente de alunos para darem lucro. Nessas, a alimentação é condeccionada por funcionárias da própria escola.
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