segunda-feira, 25 de abril de 2011

Como o fiel escudeiro Egas Moniz

Augusto Alberto

Segundo reza a lenda, Egas Moniz, da linhagem das melhores famílias de Entre – Douro e Minho, a quem foi confiada a educação do nosso primeiro Rei, e seu futuro aio, deslocou-se a Toledo, com a mulher e filhos, descalços e presos pelo pescoço por um baraço, colocando a sua vida e da sua família nas mãos do Rei de Castela, como penhora pelo juramento feito pelo seu amo e nosso primeiro rei, Afonso Henriques, quebrada com a invasão da Galiza. Afonso VII de Castela, impressionado com tamanha honra, mandou-os de volta a Portucale e em paz.
A gente sabe que às vezes a História se repete. E também Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças, aio e escudeiro para as questões da economia do nosso José Sócrates, desde há uns tempos atrás, tem andado um trapo e também com um baraço ao pescoço, em cabal fidelidade ao seu Primeiro Ministro. Mas acontece, a fazer fé nos varejões dos jornais que tudo sabem, ao contrário de Egas Moniz, que foi mandado de volta e em paz, José Sócrates mais os restantes fieis escudeiros, deste feita, torceram a História, fazendo alto ao ministro Teixeira dos Santos e indicaram que se vá e que aperte o nó do baraço, até que sufoque o pescoço. Que ingratidão!
E neste caudal de gente mixoalha e de submissões, por três vezes li o texto e por três vezes esbugalhei os olhos, apesar de saber com o que contamos até tive dificuldade em acreditar. O Presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, que em tempos foi sindicalista da UGT, (tinha que ser), apresentou-se, à “troika”, com as canelas em ferida, o baraço em desalinho e o cachaço em baixo, a pedir que esta “troika”, nos indique uma mudança na Constituição Portuguesa, afim de facilitar os despedimentos. Depois de ler e reler tamanha noticia, só posso concluir que esta gente é um horror e que em todo o mundo, não pode haver pessoas tão fracas. É por isso que gosto cada vez mais de gente que é capaz de manter a espinha direita, mesmos nos momentos em que as curvas mais apertam. A um telefonema da “troika” para a Soeiro Pereira Gomes, os meus camaradas indicaram que por ali, nada feito. Que fossem levar onde levam as galinhas. No olho do cú! Aprendam como se faz e como se honra a Pátria, o nome e a memória de grandes e fieis Portugueses, como o fiel escudeiro, Egas Moniz.
Ah! grande Partido Comunista Português.

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