sábado, 30 de julho de 2011

Lembrando Zé Martins


Tenho a honra, o orgulho, e, sem falsas modéstias, a vaidade, de ter sido amigo da maior referência do jornalismo figueirense dos, pelo menos, últimos 50 anos.
Estou a falar do saudoso Zé Martins. Ensinou-me muitas coisas. Com ele aprendi muitas coisas. Aprendemos. Penso que uma das grandes lições que nos deu, a mim e aos meus colegas da redacção, como o Agostinho, por exemplo, foi numa conversa, daquelas simples. Disse ele, a propósito do que estávamos a discutir, que não vem aqui ao caso: “não há coisa mais horrível do que um jornalista mentir”. Ficou-nos. Por outras palavras, aprendemos a lição.
Mas parece-me que um mestre espera sempre que os seus discípulos aprendam sempre algo mais à custa de si próprios. Então, o Zé pode estar orgulhoso.
Aprendi também, ou melhor, aprendemos, que um jornalista deve ter, sempre, entre outras coisas, a noção do ridículo.
Sendo assim, eu nunca ousaria sequer pensar actuar judicialmente contra alguém que conseguisse demonstrar quer a minha incompetência, quer qualquer outro acto por menos ou por mais ridículo que fosse.

Com um abraço ao António Agostinho e uma enorme saudade do Zé.

1 comentário:

Rogério Neves disse...

Caro Alex
Tomei a liberdade de Linkar o POst "Lembrando Zé Martins" para o Marcha do Vapor.
Decerto compreenderás o porquê já que também eu me considero um seguidor de Zé Martins, embora sem o talento desse grande amigo que partiu há muito mas continuo bem vivo na nossa memória.
Um Abraço
Rogério Neves