sexta-feira, 15 de julho de 2011

Um governo extraordinário



O governo classificou de “extraordinária e universal” a medida que visa o roubo de parte do 13º mês a milhões de portugueses.
Samuel, aqui, diz que nas duas palavras existem duas mentiras.
Na dúvida aproveitei mais uma vez o dicionário ter-me caído em cima quando procedia à limpeza do pó.
E, realmente, é verdade. É verdade que são duas enormíssimas mentiras. “Extraordinária” quer dizer excepcional, anormal, raro. Também significa excessivo, o que, de certa forma dará um pouco de razão ao governo. Assim, terá sido uma gafe a consideração de extraordinário.
Já “universal” significa que abrange tudo, que se aplica ou se estende a tudo, que se estende, sem excepção, a todos os indivíduos pertencentes à classe considerada.
Portanto, bate certo a dedução de que estamos perante uma mentira colossal.
Em abono da verdade, e sem medo das palavras, também deveríamos dizer que o governo, ele próprio, também é extraordinário.
É que o dicionário diz, ainda, que “extraordinário” é qualidade do que não é obrigatório.
Porque havemos, então, de ser governados por néscios, se não é obrigatório?

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