quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aos anónimos cidadãos que mourejam para enriquecer a canalha

Augusto Alberto


Os últimos acontecimentos vêm provar em definitivo que o povo que conta os tostões, que de modo geral não chegam ao fim do mês, que correu atrás do conto do crédito, acreditando que de crédito em crédito passaria por artes do crédito, a rico, foi quem votou nesta desgraçada e miserável elite, para a fazer enriquecer, sempre à custa, afinal, do seu empobrecimento. Caso a justiça alcance, ainda haveremos de ter, adiante, mais amigos do Cavaco, do Barroso, do Guterres, do Sócrates e do Portas, com o corpo na choça.
Bem sei que por causa das canalhices dessa gente, de momento, sou eu e você, anónimo cidadão, quem está a pagar a conta. Não tenha a mínima dúvida. A diferença é que eu sei como aqui cheguei. E você? Cuido que não. Então o que lhe quero dizer de novo, é que para aqui chegar, você acreditou, que, ou os canalhas, ou os comunistas. Os que obrigariam toda gente, de modo singelo a calçar as mesmas botas e a mesma farda. Os que, por arrombamento, fariam da sua casa, a casa de um comunista. Não diga que não, porque eu sei por dolorosa experiência. Que por indicação de um dedo em riste, faria do seu carro, um carro do PCP.
Acreditou, mas a verdade dos factos está para cá das rábulas. O facto é que você e eu estamos no mesmo barco, já com o convés alagado e à beira do afogamento. Qual de nós chegará à praia cadáver? Não sei!
É bom também que saiba, porque parece que ainda ninguém lhe contou, que a parte grega de Chipre é desde há muito governada por comunistas. Que se saiba a assembleia nacional cipriota grega, não decretou que o talhe do fato seja igual para toda a gente e as botas, com sola grossa e cordões pretos, também. Que cidadão que não seja comunista tenha que ceder, por decreto régio, a sua casa e automóvel ao camarada do AKEL. Sabemos que a parte cipriota grega vive, evidentemente, dias gregos. Mas o caminho é natural. Se um dia os votos indicarem que os comunistas terão que ceder o poder, não há drama. A seu tempo, o recuperarão. São as regras do jogo que os comunistas sabem respeitar como ninguém, ao contrário da canalha que o enganou e que vai continuar por ai.
A máquina é poderosa e você, anónimo cidadão, sempre um tipo disponível para escutar o canto mavioso dos crápulas. Pois que seja. Sorte da cambada, azar o seu e o meu. Dir-me-á: “é a democracia estúpido”. Eu sei! Não se mexa, então, porque enquanto as trombetas maviosas tocam, vão chuchando em si.

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