domingo, 22 de janeiro de 2012

Bárbaros e macaquinhos

Augusto Alberto

No princípio Deus criou o céu e a terra... e depois o homem e, da sua costela, a mulher e por causa de uma maçã, alguns homens deram em bárbaros, aldrabões e porcalhões. E o mundo ficou perigoso. E o perigo está em Cuba, a ilha tomada por um grupo de barbudos, que tirou do sossego, bêbados e cafres, ao ponto de estar inscrita no prontuário, como eixo do mal. E é por lá que Mitt Romney, senador em Havana e candidato republicano a inquilino da Casa Branca, anda metido em bolandas. Ficamos a saber que tem muitos milhões de euros em contas offshore nas ilhas Caimão e que foi tributado em 15% sobre os lucros dos investimentos, uma taxa inferior às suportadas pela maior parte dos americanos. E se não bastasse, parece que copiou a chapelada eleitoral do filho Bush e do camarada socialista Mário Ruivo sobre o camarada socialista Vítor Batista, e fez uma vénia aos seus adversários no Iowa. Assim se faz de um bárbaro, um presidente. Não em Cuba, mas no império.
A gente sabe que em Portugal quando mija um português, logo mijam dois ou três, mas nos Estados Unidos, quando chega um bárbaro, aparecem muitos mais, cada um à sua vez. E de facto, o bárbaro prémio Nobel da Paz, que pelas madrugadas lê o livro do Génesis, onde se lê: é como abrir uma porta sobre um horizonte sem fim. Os nossos olhos vêem o mundo inteiro, o fundo dos mares e mesmo o infinito dos céus, tudo o que vive, cresce, mexe, respira, e acrescentou-lhe, (mais o petróleo)... E para melhor lhe chegar, decidiu que “o nosso orçamento militar continuará a ser superior ao que existia no final do governo de Bush. Estou certo que podemos manter um orçamento que continuará a ser superior ao conjunto dos próximos dez países militarmente mais fortes”. E para que não o dessem como titubeante e fraco, declarou, sem rodeios, que na sua estratégia a prioridade é agora a Ásia. E para completar o bárbaro puzzle, o Senado vai votar um projecto, o SOPA, que autoriza a Secretaria de Justiça a criminalizar qualquer Web cujo conteúdo seja considerado ilegal ou perigoso pelo governo dos EUA.
Contudo, a bem da estratégia, ainda precisam de macaquinhos, como aquele chinesinho, Liu Xiaobo, também Nobel da Paz, que andou de rostilhão pelo chão de Tienamen. Mas não está só, porque pela nossa Assembleia da República, o deputado e macaquinho demo-cristão Nuno Magalhães, disse um dia que a Direita de Portugal está ao lado dos criminosos e demais bárbaros, acrescento eu. E um tal “macaquinho sindicalista” Proença, que se lhes vendeu por 30 dinheiros.

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