Augusto Alberto
Com efeito, a viver segundo intrincadas opções e sem sequer
saber, já, que caminho percorrer, se os caminhos que vão dar à luta, capaz de
alterar o estado de astenia, ou, salivando, ir a correr às mercearias “pingo
doce”, na esperança de fintar a pobreza, sem contudo perceber que sem luta que
altere esse estado, continuará miserável e baixará a cada passo para lá da
indigência social, porque não percebe que aquilo que o fascista do Alexandre
dos Santos, um dos príncipes da grande economia de casino, fez, foi mais uma
finta na luta de classes.
Partir a espinha ao movimento sindical. Arrumar a luta de
classes a troco de mais um saco de farinha, é o pouco necessário para manter os
privilégios dos filhos e netos de Salazar. Pague um e leve dois e ainda de
bónus, vai manter em casa o salazarismo pobreta, rançoso e tramontano.
Afinal, uma boa parte do povo, parece que pouco aprendeu com
48 anos de fascismo e 38 anos de “democracia” (fascismo rechapado).
Salazar falava às massas, das vantagens da pátria, do balcão
da janela central da Praça do Comércio. Alexandre Soares dos Santos, fala da
porta das suas lojas, a anunciar as vantagens de haver as mercearias “pingo doce”,
e de haver pobres e beneméritos, como ele, porque desse modo, o mundo é
perfeitinho.
Benza-te deus, povo achincalhado, que parece que ainda não
percebeste que é com as papas e os bolos do “Pingo doce”, que se vão enganando
os tolos.
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