domingo, 1 de julho de 2012

É o Relvas, o deus da farsa


Augusto Alberto


Bruno Alves, resolveu gozar com os portugueses. Bola na trave e eliminação. Há quantos anos andamos nisto?
Bola na trave foi quando a corte fugiu para o Brasil e deixou o povo e a tropa sem rei nem roque, escanzelada e fandanga, à mercê. Outra, foi quando a ralé fascista não se deu conta da impossibilidade de manter o império e enviou para o martírio, milhares de jovens, e promulgou o país sonolento e tramontano, de que ainda restam sobras. Outra, foi quando uns “craques” das liberdades convenceram o povo das virtudes da social-democracia, do socialismo em liberdade ou de rosto humano. E na sequência desse mirabolante “socialismo”, se deu o desmantelamento de sectores estratégicos relativamente aos quais Portugal dispunha de vantagens competitivas ou comparativas. Outra, foi quando o Relvas, (que bem gostaria de esborrachar na sua mão, a garganta funda), esporrou palavras de circunstância e de portuguesismo serôdio, na recepção aos heróis de Opalenica, na sala Apolo do aeroporto.

Contudo, o Relvas que é quem tutela o desporto, ainda não disse que à equipa nacional de futebol tudo se dá, como na campanha para o campeonato do mundo, em que deram de diária aos “infantes”, 750 euros, (há gente que vai à fábrica um mês inteiro, e só tem direito a metade), enquanto aos outros, o trato é quase de indigentes. É preciso que se diga que os contratos programas estabelecidos entre o estado e as federações desportivas das modalidades olímpicas, não estão a ser cumpridos e por isso, a gestão em ano olímpico, está a deixar os dirigentes federativos com nervos em franja.
Há funcionários das federações com salários de meses em atraso e com imensas dificuldades pessoais, e, bem sei, uma nação à espera de boas medalhas em Londres.
Ou muito me engano, ou veremos as medalhas como a bola a bater na trave e cair para fora. E se alguma houver, bem podem elevar a deuses os que as conseguirem.
Mas, sobretudo, o desporto em Portugal entrará no próximo ciclo olímpico, já em Outubro, feito em cacos. Será preciso muita coragem e engenho para juntar alguns, que permita formar um corpo mínimo com alguma coerência.
A recepção, dos “craques” foi feita na sala do deus que simboliza a beleza, perfeição, equilíbrio e razão e logo ali, o Relvas, (propagandaminister), à semelhança, revelou magnetismo pela farsa a que junta, como responsável pelo desporto, o miserabilismo.

Sem comentários: