Acho
que um dos “males” dos comunistas é terem razão antes de tempo. O que equivale
a dizer que as análises feitas acerca da evolução da sociedade são muito bem
estudadas, criteriosamente estudadas, não ao sabor de interesses mesquinhos e privados
mas fruto de deduções lógicas. O seu azar, ou, melhor dizendo, o nosso, é que é
a História que lhes dá razão.
Em
1997, antes do famigerado euro, 5 anos antes de, o secretário-geral do PCP era Carlos Carvalhas.
Disse ele:
“A moeda única é um projecto político
que conduzirá a choques e pressões a favor da construção de uma Europa federal,
ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmembramento da
segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do
Estado”.
Em
2012, em plena ditadura do euro, o secretário-geral do PCP é Jerónimo de Sousa.
Diz
ele:
“O PCP é necessário, indispensável,
sempre, ainda mais nos dias que correm. Não há luta organizada, consequente,
eficaz sem o PCP, não há solução para os problemas nacionais sem o PCP (…)
Nestes tempos difíceis, aderir ao PCP é
a opção que se coloca a todos aqueles que queiram agir consequentemente”.
Estamos
perante o fenómeno da cassete invertida. É que com estas políticas é certo que
será sempre, e sempre, e sempre, e sempre, e sempre, e sempre, mais do mesmo.
Putaquepariu a cassete, né?
Sem comentários:
Enviar um comentário