sábado, 24 de novembro de 2012

Muda de clube, Rui Patrício


Augusto Alberto   


Muda de clube, Rui Patrício, pareceu-me ler, hoje, num jornal desportivo. Com efeito, não foi assim, mas para os devidos efeitos, mantenho o que me pareceu. Muda de clube Rui Patrício.

Rui Patrício é, como sabemos, o guarda-redes excepcional e ocasional de uma equipa de futebol, de um clube centenário, de briosa história, feita por filhos da mais alta competência, desde logo, Joseph Szabo, Jesus Correia, Albano, Vasques, José Travassos, Peyroteo, João Azevedo, Vítor Damas, Joaquim Agostinho, António Livramento, Moniz Pereira, Carlos Lopes, Rui Silva, entre muitos outros, hoje, completamente amargurado, manietado, amedrontado, a sangrar e desmoralizado, recheado de equívocos e de muitas e más opções políticas, organizacionais, materiais e psíquicas, e por isso, escavacado por sacripantas e mitómanos barões e descendentes barõezinhos, caceteiros e arruaceiros militantes, lépidos no arrancar da calçada para de seguida a atirar à policia.
Muda de clube, Rui Patrício, sob pena de ficares no lado fraco da História, sem proveito material e sem glória cívica e moral.

Muda de elite e de governo, Povo, (aqui temos uma diferença substancial, porque esta não é uma ocasional, mas substancial Nação de 900 anos), de briosa História, feita por filhos da mais alta competência, como Luís de Camões, Gil Vicente, António José da Silva, (o judeu), Damião de Góis, Frei Bartolomeu de Gusmão, Padre António Vieira, Almeida Garrett, Bocage, Eça de Queirós, Aquilino Ribeiro, Jorge de Sena, Egas Moniz, José Saramago, entre muitos outros, hoje, completamente amargurada, manietada, amedrontada, a sangrar e desmoralizada, recheada de equívocos e de muitas e más opções políticas, organizacionais, materiais e psíquicas, e por isso, escavacada por sacripantas e mitómanos barões e descendentes barõezinhos, caceteiros e arruaceiros militantes, lépidos no ajuste de contas com o Povo de Abril.
Muda de elite e de governo, Povo, sob pena de ficares no lado fraco da história, sem proveito material e sem glória cívica e moral.

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