Augusto Alberto
Diz-me
a quem te atrelas e dir-te-ei quem és! Na imodéstia desta frase convêm
perguntar por onde anda a tropa portuguesa, ao serviço da NATO, (essa coisa,
cada vez mais deplorável). No Kosovo! E a presença no Kosovo é um bom exemplo
de legalidade? A “comunidade internacional”, diz que sim, mas eu acho que não.
E nesse sentido, socorro-me, mais uma vez, da insuspeita Carla del Ponte, ex-Procuradora
do Tribunal Penal Internacional (agora embaixadora suíça na Argentina, que terá
sido aconselhada por Berna a manter silêncio).
O
Exército de Libertação do Kosovo, extirpou os órgãos de prisioneiros sérvios
que levou para a Albânia, no Verão de 1999, com o objectivo de os introduzir no
tráfico internacional. E tudo com o conhecimento de…Hashim Thaçi, o primeiro-ministro
do Kosovo. Terra onde Portugal está com um contingente militar para proteger o
estimado aliado do ocidente, (elevado à condição de democrata), mais a trupe,
que se tem dedicado ao contrabando de órgãos
humanos, de armas, drogas, e à especialíssima arte da prostituição e fundamentalmente,
a manutenção na região, de um posto avançado, da “comunidade internacional”, com
vista à sempre renovada politica da canhoneira.
É para os braços desta gente que a elite
manhosa desta velha nação nos manda. Já fomos enviados para África, só porque
os interesses económicos e negreiros na África Portuguesa, reclamava, com
efeito, a presença. “Uma da
características fundamentais do capital colonial português é o seu elevado grau
de concentração…Estes investimentos…são orientados para infra-estruturas caras
e sem interesse para o país dominado, mas necessárias à exploração capitalista”
(Armando de Castro, in “O sistema colonial Português em África, meados do
século XX).
Diz-me,
pois, elite, com quem andas? Com déspotas e ladrões. E digo-te quem és. Servil,
bacoca, energúmena, sem nenhum respeito pelo povo que infelizmente te elege.
Abandonastes o pé rapado, quando pressentiste as ordens napoleónicas.
Vendeste-nos aos filipinos, apesar de saberes que os teus ganhos seriam
escassos, e meteste-nos na Europa e na tragédia do euro, só para estares segura
de que não te expunhas a um ímpeto mais hostil. És intelectualmente chula e
puxa saco, e mais uma vez vais a reboque da política belicista americana,
direita ao patíbulo, como bem explicou à nação, o bandalho do ministro Aguiar
Branco.
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