domingo, 10 de janeiro de 2010

A CAN, Angola e a FLEC



Tem hoje início a CAN, com o jogo de abertura Angola-Mali. Manchada, como é óbvio, por um ataque terrorista contra uma embaixada desportiva.
Devo dizer que este tipo de comportamento por parte da FLEC infelizmente não me admira. A dúvida, a maior que tenho, é saber quem está por trás desse bando “separatista”.
Sabe-se que durante a luta armada contra o regime colonial a FLEC sempre recusou juntar-se a outros movimentos de libertação. Fossem eles tribalistas, como o caso da UPA/FNLA ou o MPLA, que se queria pan-angolano. A FLEC combatia-os. O regime colonial percebeu e tirou os devidos dividendos.
No início dos anos 60 o MPLA conseguiu abrir uma frente em Cabinda, cujo exército integrava angolanos dos mais variados grupos étnicos, aliás como nos é dado ver no romance de Pepetela, “Mayombe”.
Portanto é fácil de perceber a quem foram criadas dificuldades por parte da FLEC durante a guerra colonial e a quem interessava esse comportamento nada nacionalista.
Sabe-se, também, que esses separatistas, nesse tempo, tinham o apoio do presidente do Congo Brazzaville, Fulbert Youlu. Para um movimento separatista barricado não se sabe em quê, pois pelos vistos não baseado em aspirações populares, estamos em presença de algo incompreensível à luz do bom senso.
Mesmo sabendo que o terrorismo só tem um sinal, persiste uma grande incógnita: Quem estará, afinal e agora, a manobrar e apoiar a FLEC?
Ao povo do Togo só me resta apresentar os meus sentimentos e a minha solidariedade.





O escritor e professor universitário, foi chefe de guerrilha. Esteve na frente de Cabinda e foi a partir de um relatório seu de uma acção de combate sob o seu comando que nasceu o romance citado no texto.

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