Posto nos meus sossegos no Douro, com temperatura de estio e sem intenção de voltar tão depressa a este “aldeia olímpica”, eis que me vejo na necessidade de voltar ao anónimo de 6/4/10 das 00.44 horas.
Insiste o anónimo democrata em branquear Pousada Carriles, avançando teses como quem cola chiclete nos passeios de Lisboa. Diz que foi condenado por um tribunal americano e passou 8 anos sem acusação formalizada no Chile, no período de 1977 a 1985, aguardando de momento julgamento nos Estados Unidos. Entrou no reino mirabolante dos factos e datas. Melhor seria que fosse capaz de estruturar um pouco a cronologia das coisas. De qualquer modo, dando de barato a salgalhada, sempre aqui quero, em meu claro abono, dizer que a fazer fé nos tais 8 anos passados no Chile, que melhor lugar poderia ter procurado esse terrorista refinado do que o aconchego desse outro indómito e intrépido torcionário, Augusto Pinochet? E sabe porque? Porque se
esqueceu, ou se calhar não, que no Chile reinou com mão de chumbo, esse general (a)ugusto, que um dia o amigo americano resolveu apadrinhar. Quem sabe se nesses tempos de concubina hospedagem, Carriles não visitou e cuspiu na campa do poeta e Nobel da literatura, Neruda, que convidado pelo Presidente Allende, leu poesia para 70 mil pessoas no estádio nacional do Chile, queimou os discos de Vítor Jara, que também, por ironia, no mesmo estádio, se esvaiu em sangue, e rosnou pelas docas de Valparaiso na procura de resistentes em fuga aos cárceres do amigo Pinochet. Só estou a lembrar, porque às vezes acontece que a memória se esvai.
Mas como carinhosamente acertou em cheio, leva-me a exclamar: - ai (a)ugusto, (a)ugusto, como soubestes sempre receber os da tua laia, e por isso, quem sabe se não anda por ai ainda gente com genuína vontade de te fazer uma romagem de saudade?
Para acabar, reafirmo que esteve preso por entrada ilegal no país e posto em liberdade, aliás, na linha da espera que refere, no final do consulado de outro refinado caceteiro, o último Presidente Bush, porque como sabe, houve o primeiro.
Caríssimo, vai sendo hora de acabar com esta discussão, porque começa a parecer que tem pretensões a branquear um refinado bombista e isso fica sempre mal, nem que seja a um anónimo. Cuidado! Por este andar, não se lhe cole algum rótulo.
Deste que assina Augusto Alberto e que decididamente não voltará ao tema, porque o meu “assus” já decretou basta. Passe bem.
2 comentários:
Vá colar chicletes lá para as canoas que pelo que consta já andavam antes de você apanhar o tacho. Aliás fala muito, mas faz pouco, e o pouco que diz fazer é trabalho de outros. Olhe que tem telhados de vidro sr pretendente a politico.
Ó senhora doutora, por quem sóis!!!!
O Alberto não é pretendente a político. É um político, pois como dizia o Sócrates, o decente, o homem é essencialmente um animal político.
Bem haja, minha senhora
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