terça-feira, 13 de abril de 2010

De tudo o que Abril abriu (II)

foto: alex campos, 08/04/2010


Maria Júlia está no Museu do PCP, na Quinta da Atalaia, a compor uma página do "Avante!".
Essa página irá ser impressa numa exposição, uma das muitas que são solicitadas, num dos prelos usados por ela e pelos seus camaradas na clandestinidade.
.Não perguntei à Maria Júlia se, por vezes, ainda sente aqueles arrepios, aqueles sobressaltos que, demasiadas vezes, sentiu. Porque seria uma pergunta desnecessária. Sabe-se que as experiências, as sensações profundas, como o medo, por exemplo, perduram para sempre na memória.
Mas o largo sorriso e os fraternais beijos com que me recebeu responderam. E disseram que, se fosse necessário, poderíamos contar com ela novamente. E que, novamente, o medo seria vencido.

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