Não será propriamente inédito a presença de um único sócio na Assembleia Geral da Associação Naval 1º de Maio.
Poder-se-ia pensar que há razões para tal. O facto de os sócios estarem afastados da colectividade por esta não possuir uma sede social, por exemplo. Aliás fui pensando isso durante as várias temporadas futebolísticas em que as assistências são reduzidas, contando quase sempre os adversários com maior apoio. Entende-se que os associados não se revêem no clube.
A situação não é insólita. Após o incêndio que destruiu a histórica sede do popular (?) clube este recebeu vários donativos, quer de pessoas colectivas quer individuais. Recordo-me que assisti ao encontro entre directores da Naval e dirigentes locais do PCP em que estes fizeram um donativo de 200.000 escudos, dinheiro esse proveniente da AECOD.
A reportagem está no Jornal “A linha do Oeste” de 8 de Outubro de 1997, uns 3 meses após o incêndio. Presume-se que os donativos eram para uma futura reconstrução, ou edificação, melhor dizendo, de uma sede. Até agora nada. Os sócios bem se podem interrogar para onde foi esse dinheiro. Na reportagem pode-se ler: “Quanto aos dinheiros vindos de actos de solidariedade, Simões de Almeida disse que os sócios podem estar descansados, está tudo contabilizado e, quando for oportuno será divulgado”.
Mas não será só isso que afastará os sócios da centenária colectividade. O problema já é anterior pois já nesse encontro, a propósito de uma assembleia geral, o presidente da Naval, Aprígio Santos, divulgou que uma vez se negou a fazê-la pelo facto de estarem apenas 3 sócios presentes.
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