A vida não pertence a este ou àquele,
não pertence a ninguém, ela é de todos;
os engenhos de morte pertencem a este ou àquele,
e matando e destruindo e aniquilando,
são a vontade deste ou daquele
de matar, de destruir, de aniquilar
a vida da qual não são os donos.
Olha o mapa e os caminhos,
os caminhos que vêm de toda a parte:
que frémito trespassa os corações,
que barreira de mãos erguidas em protesto,
que vozes roucas de gritar
não, não, não...
não queremos guerra a dividir os homens!
Lília da Fonseca (poetisa angolana, 1916-1991)
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
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