foto: alex campos
No post anterior, uma crónica do meu camarada Augusto Alberto, um anónimo fez o favor de comentar.
E foi dizendo, ou escrevendo melhor dito, que a culpa da mudança não realizada é do candidato Francisco Lopes e do partido que o apoiou. Porque em toda a campanha nada de novo mostraram. O caro anónimo não esteve com atenção à campanha, ou viu o que quiseram que visse.
Diz também, ou escreve, que os apoiantes do PCP vivem de sonho e ilusão. De sonho com certeza, de ilusão penso estarmos vacinados contra. Certo é que a luta continua. Porque somos homens e mulheres de luta. Talvez por isso, às 00h00 do dia 24 de Janeiro o meu candidato seja o único que continua a ter opinião sobre as questões sociais, políticas, económicas. E a debatê-las. Ou seja, o único com uma ideia para o país. Para ele, a vitória, se fosse caso disso, não teria sido missão cumprida. A luta continuava. Como, aliás, continua. Repare o anónimo nas demais campanhas, o que disseram, o que defenderam, o que dizem e defendem agora, após.
Escreve o anónimo que talvez obtenhamos o seu voto se deixarmos de ser demagogos e respeitarmos os resultados eleitorais.
A menos que o anónimo esteja de má fé, penso que ganhamos mais um voto.
Primeiro, porque nunca fomos demagogos e o que debatemos, ou o que debateu ou tentou debater durante a campanha o meu candidato, foram questões concretas. Que têm, continuarão a ter, a ver com a independência nacional, com a situação de quem trabalha, de quem produz. No fundo, o cerne da questão. Que passa por uma política diferente. Foi isso que o meu candidato propôs.
Segundo, porque respeitamos os resultados eleitorais. Temos é uma análise nossa da questão. Da qual não abdicamos. Porque nós, os comunistas, somos pessoas de princípios. Inabaláveis e inegociáveis.
Os comunistas orgulham-se da História do Partido Comunista Português.
Dos outros não há muito a dizer: o estado a que isto chegou fala por si. Daí os seus defensores ocultarem-se no anonimato.
Bem, já ganhei o dia, ganhando mais um voto.
Vivam os trabalhadores portugueses. Os que não têm trabalho, os que o têm precário, e por aí fora.
4 comentários:
Sr. Alex
Com todo o respeito que me merece, continuamos a discordar nas nossas opiniões.
As minhas dúvidas continuam a ser as mesmas.
Se tudo o que é referido neste post corresponde à verdade, porque é que os Portugueses (na maioria trabalhadores), não votam nos candidatos do pcp?
Porque é que o pcp não passa de um pequeno partido?
Será que os Portugueses andam todos distraídos?
Quanto ao facto de escrever sobre o anonimato não faça disso um cavalo de batalha.
Já uma vez referi neste mesmo espaço, que Álvaro Cunhal, escreveu as suas maiores obras sob pseudónimo, uma outra forma de anonimato.
Identificando-me por Manuel Tiago, deixo de ser anónimo ou o meu comentário muda de sentido ou valor? Penso que não.
Nestas eleições, no universo total de eleitores, o pcp obteve pouco mais de 3%, significando que apenas 3 em cada 100 eleitores votaram no seu partido.
Pela sua perspectiva, de 9.656.472 eleitores, só 300.921 sabem votar.
Os restantes ou são xuxas ou andam distraídos. Não será isso demagogia?
Para este peditório das "chispas", anónimos hiper revolucionários e outros que nem tanto... já dei.
Quanto a este anónimo, em particular, bem me queria paracer que os seus comentários estavam ao nível dos escritos de Alvaro Cunhal... mas na dúvida, ainda bem que ele chamou a atenção para o "facto". :-))) :-)))
O anónimo "esqueceu-se" que toda a grande obra de Álvaro Cunhal foi assinada Álvaro Cunhal.
"Quis" confundir o pseudónimo literário, que não é, nem de perto nem de longe, uma outra forma de anonimato.
Aliás, sobre o anonimato, que é uma especialidade das mentes reaccionárias na blogosfera e não só, escreveu Álvaro Cunhal:
"Fundamentar acusações e intrigas no anonimato é uma coisa muito indigna, tanto na política como nas questões pessoais".
Gostava que o anónimo me citasse uma obra de Álvaro Cunhal que não esteja assinada por Álvaro Cunhal.
Pseudónimo: s.m. nome suposto sob o qual alguns escritores publicam as suas obras.
adj. que subscreve as suas obras com um nome que não é seu.
Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa Porto Editora (publicado antes do novo acordo ortográfico.
A questão principal não era esta, mas estamos conversados.
O anónimo reaccionário!!!
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