Parte dos custos da viagem evangélica do papa de Roma ao Reino Unido foi financiada por fundos que se destinavam a ajudar países pobres, diz-nos notícia recente. Nada de mais, porque a igreja de Roma faz do entretenimento, da badalhoquice e do medo, a sua conta corrente. E é por estas e outras que as coisas estão como estão no norte de África, a deixar, evidentemente, muita gente completamente amedrontada.
Os coirões não percebendo muito bem o que se está a passar, remetem a coisa para a ideia difusa de nós os ocidentais e cristãos ou a irmandade muçulmana. Uma merda! Aquela gente o que quer é, tão só, pão! Pão minha gente. Tão simples e material. Percebam em definitivo que é pão. Mas infelizmente esta verdade foi esquecida por muita gente que fez, e faz, da fome alheia, o ómega do seu enriquecimento. Agora parece que o mundo se vai revoltar e então, o petróleo, mais o gás da Argélia, mais o canal do Suez, Israel e a Arábia Saudita, e por ai adiante. Sejamos sérios. Nunca entenderam, ou não quiseram, e pelos vistos só mesmo à força vão entender, as mensagens que durante anos foram deixadas nas praias do Mediterrâneo, que quase diariamente viam chegar ordens de gente, sem pão, encharcada e exaurida.
A este propósito, li hoje no principal jornal regional um texto de um encartado e por isso, com opinião na rádio, Tv. e naturalmente no diário, Carlos Amaral Dias, do mais deslavado pensamento, que palrou sobre o assunto. E o que o preocupa? A irmandade muçulmana, evidentemente. Tinha de ser, pois então. O resto, a falta do pão é coisa que persiste em não incomodar. E então o que diz o emérito e preocupadíssimo homem. Que na Jordânia, uma monarquia, também absolutamente insensível à falta do pão, a irmandade muçulmana, já reuniu as tropas e veio para a rua forçar e a seguir ainda (bufou), a esquerda, quis dizer, envergonhadamente, os comunistas, não souberam capitalizar o descontentamento. É evidente que quem tem um buraco ao fundo das costas num dado momento haverá de ter medo, por mais forte que se ache. E até sabemos de fonte segura que muitos dos borrados, na hora do aperto, palmilham aos santuários da igreja de Roma, agora aflitíssima, para derreter dinheiro em cera, com vista ao milagre que os vai aliviar dos apoucamentos. Outros, desafiam outros a ter a coragem de fazer aquilo que nunca foram capazes, durante uma vida de cedências e capitulações. Resistir e lutar. A esquerda, como quem diz, os comunistas tem de ser, uma espécie de mão ossuda, dura e lapuda, que há-de tirar da fogueira as castanhas que outros para lá atiraram. Mas não é assim. Tenhamos calma. Como em tudo na vida, fica bem lembrar que a esquerda, os comunistas, tem limitações. Contudo, saiba o senhor Dias, que nenhum coirão está livre de uma intifada, com certeza.
Mas nestes tempos de equilíbrios, saiba também que os comunistas não são tropa de choque com vista a safar o coiro a quem quer que seja, para que a seguir tudo continue como dantes, como o quartel em Abrantes, mas estão para mudar, quase sempre, à custa do seu próprio coiro.
1 comentário:
O Carlos Amaral Dias não passa de um ignorante encartado!
E lambe-botas até dizer chega...
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