Enquanto os comunistas portugueses vão insistindo na explicação dos fundamentos e ideias gerais da sua campanha “Portugal a produzir”, o poder do grande capital financeirizado olha para esta campanha com desconfiança. Porque hão de estar interessados num Portugal a produzir, a sair da dependência alimentar, a criar riqueza, a pagar com justiça aos produtores e trabalhadores em geral, um país com uma melhoria do nível dos salários que permita um aumento da procura interna, aumento de procura que vá animar o enorme tecido de micro, pequenas e médias empresas, aquelas que realmente são o esteio social, tanto na criação de emprego, como na produção de bens transacionáveis; como hão de estar interessados em ver os campos cultivados e a agricultura modernizada e apoiada... se já ganham todo o dinheiro que querem não produzindo coisa nenhuma, na jogatana da bolsa, na agiotagem dos seus bancos, no gigantesco comércio a retalho que importa praticamente tudo o que vende e a preços impossíveis de praticar pelos produtores nacionais... ou porque os produtos vêm de países onde os produtores são fortemente apoiados, ou de outros que praticam ordenados de miséria em trabalho pouco menos que escravo?
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