terça-feira, 24 de maio de 2011

Ministro anuncia o vencedor das eleições


O ministro demissionário das Finanças, Teixeira dos Santos, (na imagem visto por Fernando Campos) anunciou há pouco, via telé, o grande vencedor do acto eleitoral do próximo dia 5.
Disse ele que qualquer governo que seja eleito só tem de dar seguimento ao programa em curso. Definiu até as prioridades: primeiro implementar o programa, segundo implementar o programa e terceiro implementar o programa.
O dito programa, como é bom de ver, é o elaborado pelo FMI.
Não é novidade nenhuma. Porque fiz eu, então, um post sobre esta treta?
1º - Por já ter constatado que as quezílias entre os partidos da troika sempre me pareceram um pouco teatrais, para enganar papalvos. A disputa entre eles é quererem ser os representantes do capitalismo internacional. As declarações do ministro confirmam isso mesmo. E, convenhamos, o próprio FMI, para quem é indiferente quem ganhe entre eles, não  permitiria tais quezílias.
2º - Estas declarações levam-nos também a uma dedução lógica. Por muitos partidos que concorram, só há duas espécies de voto possíveis. O voto no FMI, que significa hipotecarmos a nossa já fraca independência, veja-se mesmo depois do “empréstimo” os juros da dívida a aumentar, por exemplo, a acumulação de riqueza numa minoria cada vez mais pequena e a degradação social cada vez mais implantada com a cada vez maior desvalorização do trabalho.
E o voto patriótico. Aquele nos interesses da pátria que se podem traduzir nos interesses da maioria esmagadora da população.
Bem vistas as coisas, ganhe quem ganhar entre um partido da troika, o vencedor é sempre o mesmo. A escolha do FMI deve ser indiferente. Segundo o Passos Coelho, o PS só pensa em cumprir o programa do FMI mas eles, o PSD, vão mais longe, isto é, pensam em aprofundá-lo.
Ao povo restará escolher por quem é que quer ser pisado?
Esperemos que não.

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