terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os príncipes vão nus

Augusto Alberto

O que existe de comum nas noticias que comentam que um sem abrigo foi acusado pelo ministério público de um roubo de 6 chocolates de um super mercado, no Porto, que milhares de famílias estão endividadas e arruinadas, que muitos meninos entram nas escolas com fome, que muitos universitários estão com fome e a desistir dos seus cursos superiores e o processo “Face Oculta”?
Primeiro é preciso que se diga que muitos dos que passam dificuldades nesta pátria, devem avaliar em que medida caucionaram com o seu voto esta democracia e os seus príncipes, porque a culpa não pode morrer assim, sem fastio.

Depois, que os indicados príncipes da democracia e, já agora, alguma elite da justiça, vão nus, apesar de andarem a surfar em proveito próprio, sobre a tal democracia e um povo reprimido e castrado por 48 anos de fascismo e séculos de obscurantismo. Por isso, aquela pequena peça de jornalismo que passou nos telejornais, assume o epíteto de extraordinária, porque nos permitiu ver um dos príncipes de um dos bandos que conformam a celebrada democracia, este, do bando socialista, com as calças em baixo e o cu ao léu.
Mas é bom não esquecer que ainda existem o bando social-democrata e o bando democrata- cristão, que são um pouco mais atabalhoados. Aquele temerário anónimo cidadão, cansado da canalha, disse muito sobre o cansaço e o desespero. Não está só. Muitos outros teriam o prazer e a coragem de o repetir. Bem sei que a canalha e os lambe cus dirão, até à prova feita, o senhor (s), é excelente. Pois continuem lambendo o cu, sim senhor, mas saibam que isso é conversa para adormecer o rebanho, que é coisa que a canalha faz quando se encontra em apuros.
Mas voltando ao sem abrigo, é importante que se diga que um tipo que não tem abrigo, é um tipo que nada tem e faça o que fizer, a perda será nenhuma. Por isso, muito cuidado, porque um tipo sem nada, de um momento para o outro, poderá passar para lá do cartão e tornar-se num violento desabrido. Que se desenganem aqueles que acham que pelas ruas não existe gente educada e inteligente capaz de perguntar a si próprio: quem me acompanha? 
Quem sabe, um dia o caldo entorne. Ou como é possível dizer: isto está a ficar em ponto de rebuçado.

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