Foi na infância e na adolescência que o circo me fascinou. Esse fascínio sempre foi, desde esse tempo, directamente proporcional ao respeito que sentia por aqueles profissionais. Eram os ilusionistas, os trapezistas, os palhaços. Deixavam-me, positivamente, extasiado. Fui crescendo e, na vida adulta, deixei de frequentar com tanta assiduidade o maravilhoso espectáculo. Penitencio-me, claro.
Mas o que nunca percebi, ou nunca quis perceber muito bem, foi a má interpretação que se dá à palavra palhaço. Utilizada muitas vezes em sentido depreciativo. Se não há profissões que não sejam nobres, esta salta à vista.
Até hoje nunca a utilizei nesse sentido, e sempre evitei utilizá-la.
Até hoje.
Nunca se pode dizer “desta água não beberei”, como também se pode dizer que “há sempre uma primeira vez”.
A que propósito vem isto?, perguntariam vocês.
É que amanhã vou a um circo. Quer dizer, vou só assistir à entrada dos “artistas”. E temo que só haja “palhaços”.
E, por uma questão patriótica, não endereço os parabéns à Saint Gobain.
1 comentário:
Nem sabes como te compreendo, no meu próprio contexto.
bj
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