sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Jogos Paraolímpicos Londres/2012


Augusto Alberto


Está definida a missão portuguesa aos Jogos Paraolimpicos Londres/2012, após um longo período de indecisão, em resultado de marcas obtidas nos últimos eventos do Atletismo e Natação. Aliás, acresce dizer, que o último Campeonato da Europa de Atletismo para pessoas com deficiência, revelou um autêntico manancial de marcas de excelência para os atletas lusos.

Alguns, apesar da obtenção de mínimos A, para participação nos próximos Jogos Paraolimpicos, não seguirão viagem, devido ao respeito por cotas definidas muito previamente. Deste modo, a missão paraolímpica portuguesa será formada por 5 modalidades: Atletismo,15 atletas, Boccia, 9 atletas, Natação, 4 atletas, Hipismo, 1 atleta e Remo, 1 atleta. Ao todo viajarão para Londres, ao encontro do melhor que se faz no desporto adaptado, 30 atletas. Modalidades colectivas, como o Basquetebol em cadeira de rodas, Rugby em cadeira de rodas, voleibol no solo, futebol de 5 e 7 ou Goalball, modalidades em estado embrionário ou mesmo sem prática, não se farão representar, expressando as enormes dificuldades em dar seguimento a disciplinas colectivas de grande complexidade, plástica, física e técnica. Ficarão de fora, ainda, disciplinas individuais, de enorme recorte físico e emocional, como o Ciclismo e Vela, que estiveram representadas em Pequim, Esgrima, Ténis em cadeira de rodas em court, Ténis de mesa, Tiro com Arco, Judo ou Halterofilia.
A missão paraolimpica reunirá em Lisboa nos dias 18 e 19 de Agosto, com vista a ultimar preparativos, após anterior recepção na Presidência da República e Assembleia da República e seguirá viagem para Londres no dia 23 de Agosto, com regresso a 10 de Setembro. A Cerimónia de abertura dos Jogos Paraolimpicos, com lugar também no novo estádio de Wembley, terá lugar no dia 29 de Agosto. O hastear da Bandeira Nacional no parque das Nações, ocorrerá no dia 25 do mesmo mês.
É preciso que se diga que mais importante do que os resultados, é o facto de todos estes atletas, alguns com deficiência muito profunda, como é o caso de alguns atletas do Boccia, prosseguirem o desejo tão natural de ter uma alta expressão na sua vida diária, à semelhança dos melhores com vida normal. E isso, é o que verdadeiramente conta.
Por último, dizer que está em segredo o atleta que transportará a Bandeira Nacional na cerimónia de abertura. Esse será o legitimo desejo de todos, mas só um terá esse derradeiro privilégio. Privilégio que eu já tive, em Pequim, na noite em que a minha atleta e minha modalidade, o Remo, foi a escolhida. É um momento sublime, sem dúvida.
Aos Jogos voltaremos, quando voltar.

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