Augusto Alberto
Gritou a mãe, ai o bagulho, quando deu pelo vizinho, no baile dos bombeiros, a acariciar as
mamas à filha e soube, dias mais tarde, que lhe rasgou a virgindade. Ai os
bagulhos, digo, a propósito da revolução branca. Que politicas caucionaste?
Com que direito tratais todos por igual? Branquear, já sabemos, é hábito velho.
Talvez por isso, também alguns socialistas desejem ter a sua alva revolução.
Entra-se simpatizante, passa-se pelo auto-clave sito na sede ao Largo do Rato e
fica-se um independente sem poalha e nódoa. Purificado e com ordem para votar
para os órgãos dirigentes do partido ou indicando políticas sectoriais ou
nacionais. Contudo, não sendo organicamente militante, deixa do lado de fora responsabilidades estruturais, financeiras, politicas, cívicas, éticas e
morais. Era o que faltava! As coisas não correm assim, porque um militante
corre, para além da ética politica, por um quadro opcional e de classe.
De que
lado estiveram os militantes eleitos pelo PPD/PSD, PS e CDS/PP; quando se
tratou de elaborar e aprovar sucessivos orçamentos do estado, que liquidaram a
indústria, as pescas e a agricultura, que nos trouxe à decorrente pobreza?
De que
lado se colocaram esses mesmos militantes quando se aprovou a actual
legislação do trabalho, que joga em desfavor do mundo laboral? E que partidos
entregaram a Pátria à extorsão, às mãos do Goldman Sachs, do banco central
europeu, da união europeia e do F.M.I.?
Bem sei que muitos tendem a mudar
de pele quando o perigo encrespa, mas convêm perguntar, para que melhor se
perceba quem nunca mudou. De que lado estão os comunistas? Boa vai ela… Não há
como negar, que quase sempre as opções de classe comandam a vida. Só não
percebe quem é tolo ou a quem serve a arte da treta. Por isso, ainda que
custe, é preciso dizer, que o povo e os militantes de base dos partidos da
rotatividade, elegem gente, para para além da ética ser uma ova, por opção de
classe, continuam a desejar ajustes de contas com Abril e, ainda que subtilmente, ponham o cravo à lapela.
Olhai os do finado
P.R.D. (partido renovador democrático), e do pacóvio Fernando Nobre, que
brancos que foram, após desnatarem a política e bobarem de dulcíssimas pessoas que
cuidaram ser tocados por um milagre.
São
extraordinários os “Malagridas” de hoje, que, no centro do palco do teatro dos
truques, recusam assinalar as verdadeiras causas do terramoto social. Mas há
sempre de tocaia um casmurro que lembra. Cuidado com os truques. Está em
velocidade de cruzeiro o período neo-fascista em curso.
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