Augusto Alberto
Frente a Havana, o
afundamento do couraçado “Main” foi das primeiras cabalas do império. Foram
atribuídas à potência ocupante da ilha, Espanha, responsabilidades pelo
afundamento, para justificar a ocupação e fazer da ilha, um “bordel” americano.
Mais tarde, para justificar a guerra do Vietnam, montaram nova cabala,
atribuindo ao Vietnam do Norte, o desejo de afundar no golfo de Tonkim, o
destroier Maddox. Foi o toque para nova guerra, sempre longe de portas, com
custos materiais e sociais elevados, que ainda perduram.
Entretanto, pelo meio, o império, apesar de saber que as
potências do eixo estavam derrotadas, devastou com a bomba atómica, Hiroshima e
Nagasaki, tornando-se o único país do mundo a usá-la. Mais recentemente, a
coberto de um argumento tão vil como os anteriores, invadiu o Iraque, com o beneplácito
de um punhado de coirões, com vista à descoberta de armas de destruição maciça,
que nunca se encontraram, porque nunca existiram. Os povos do Iraque, porque se
pôs fim aos equilíbrios, nunca sabem se quando vão ao padeiro ou ao barbeiro
são vítimas de uma bomba azucrinada. Por isso, não nos espantemos. Esta
história das escutas e da devassa da vida dos povos, sobretudo da dos amigos, é
tido como um processo banalíssimo, apesar da sua natureza inquisitória e
fascista.
Virá o tempo das rábulas, ou recuperando uma frase de
almirante, da fumaça, porque em breve, se admitem como boas as explicações do
grande irmão de classe, para que tudo siga a gosto. Até porque há muito se
conhece o “echelon”, o sistema de espionagem industrial e científico, que tem permitido
ao império ganhar vantagem, apesar dos amigos (as putas), ofendidos e espiados,
terem por sua vez, montado um contra-sistema. Bem sei que se acredita que o
diabo, apesar de já estar com os pés para a cova, não é o império, mas Fidel,
que a partir de um escritório em Havana, recheado de alta tecnologia, montada
numa casa de uma ruela triste e esconsa, a abarrotar de “rum, cohíbas e putas”,
para dissimular, é o responsável por esta apaixonante rábula de espionagem. Mas
olhe que não, porque em Cuba, ou se vai em visita ou a banhos. E aquilo de que
falamos, é do diabo, que tem como corrente, tratar os amigos como vassalos e
pô-los a quatro, com um dedal de vaselina, e dar-lhes tratos de polé, e aos
inimigos, pô-los a arder. E além do mais, em Cuba, a tecnologia é básica e por
isso, ainda não se fazem filmes do tipo 007, com ordem para espiar a favor de
sua “majestade”, Fidel.
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