Augusto Alberto
Portas é um esteta. Na arte de vestir, na arte dos esgares,
na arte da treta e do melodrama, tal como Catherine Deneuve, foi esteta na arte
de representar. Desconfio que também marrou nas histórias de Corin Tellado, de
onde lhe veio o jeito para trejeitear, ao modo de faca e alguidar. Mas a fazer
fé na última sondagem da “Mark Teste”, que por bem, jamais será conhecida, o partido
da doutrina cristã, não vai além de 2,3% dos votos expressos, e o próprio
Portas, é dado com a imagem de rastos. Ou seja, é bem provável que a direita
dos interesses vá percebendo que Portas só atrapalha e, por isso, vão
trabalhando a sua defenestração e maquinando para que chegue à frente, o bloco
central, PPD/PSD-PS.
Portas, dizem os especialistas, sebentou, aqui e ali,
ideias, e construiu um documento a que a direita mais bruta, chama a “reforma
do estado”. Acontece, que lido, percebe-se que aquilo é um manual, que indica o
rumo para soluções já testadas no Chile fascista de Pinochet, no Estados Unidos
de Reagan e na Inglaterra de Thatcher, com custos sociais altíssimos. E mesmo
na Suécia, a terra, diz-se, de muitas virtudes, a educação privada virou um
faroeste, enquanto na área da saúde, muitos tiros vão rasgando os pés.
Paolo Porta, (não estou a brincar), o inspector-geral do
partido fascista Italiano - não confundir com o nosso Paulo Portas, que é
Presidente da nossa Democracia Cristã, a mesma que na Itália de Mussolini foi
antifascista, enquanto em Portugal, após a retoma reaccionária de 75,
juntamente com os padres, andou com o cacete atrás de boa e nobre gente -
também fazia parte do séquito principal de Mussolini, que tentou a fuga para a
Áustria. Todavia, no dia 28 de Abril, foram interceptados por Partizans, que
logo, fizeram justiça, tal era a necessidade da reparação. De seguida, foram
atados pelos pés a uma barra de ferro, com a cabeça voltada para baixo, sendo
de imediato, escarnecidos e cuspidos pela arraia-miúda. Contudo, a
“democracia”, não sendo o fascismo e por ser superior, pode por desagravo,
fazer a justiça “democrática”, dando merecida utilização ao voto “livre e democrático”,
porque por gente como esta, não merece que os homens, como os cães de Pavlov,
se ponham a salivar.
Todavia, é preciso precisar o seguinte. Paolo foi um fascista, mas
Portas é um cristão e evidentemente, um democrata. Contudo, há quem o aponte
como o Gobbels da maioria
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