Augusto Alberto
Na academia do Argentino Juniores
formou-se Armando Maradona, o astro. E de outras academias das Américas, saíram
coronéis torcionários. E também de West Point. E nos anos 70, 80 e 90 do século
passado, da academia do Ajax de Amesterdão, saíram estrelas do futebol como
Ruud Krol, Johan Cruijff, Van Basten, Rijkaard, Ruud Gullit e Bergkamp. A seu
tempo, todos, construíram a espinha dorsal da selecção de futebol da Holanda,
conhecida como a laranja mecânica. A academia do Barcelona, deu também ao mundo
do futebol, astros como Messi, o fundamental, Puyol, Xavi, Iniesta, Piqué,
Valdês e mais recentemente, Pedro Rodrigues, que dão corpo à “Roja”, dupla
campeã da Europa e actual campeã do Mundo.
Contudo, não se julgue que em
Portugal nada se cria ou nada se transforma. Pelo contrário. Vinda do século
passado, a academia de futebol do Sporting Clube de Portugal produziu e
continua a produzir, estrelas, como Paulo Futre, bola de prata em 1987 e mais
recentemente, os bolas de ouro, Figo e Ronaldo. E também num palacete à Lapa,
na Capital, se tem fabricado alguns dos melhores mixordeiros, vigaristas,
puxa-sacos e malandros de que há memória em Portugal e na Europa democrática e
Ocidental.
Alguns, chegados pelo voto, a ministros e um, inclusive, a
Presidente da República e um outro, pela arte da cooptação, a Presidente da
Comissão Europeia. Marques Mendes, o arquétipo do homem pequenino, que, diz o
ditado, ou é velhaco ou dançarino, é o último a dar-se à universal babujem.
Espera pela presunção da inocência, bem sei, todavia, basta de milongas, porque
já é demais. Mas também, uma outra academia, num outro palacete ao Rato, na
Capital, uns furos abaixo, na qualidade e matreirice, produziram-se flibusteiros,
como Armando Vara, Penedos, Coelhos e Calvetes, (orientados por GPS).
Estrelas um pouco carentes de
pedigree, é certo, mais em linha com a academia de futebol do glorioso Sport
Lisboa e Benfica, uns degraus abaixo da insigne academia de futebol do Sporting
Clube de Portugal.
Todavia, em falando de academias,
estabeleça as diferenças com os homens referenciados nas academias
supracitadas, e perceba, ainda, de que academias vieram homens, como, Bento
Gonçalves, Bento de Jesus Caraça, (e a inestimável colecção Cosmos), Lopes
Graça, (e a canção heróica), Freitas Branco, os poetas militantes, José Gomes
Ferreira e Ary dos Santos, e os escritores militantes, Alves Redol, Soeiro
Pereira Gomes, Armando de Castro, Mário Dionísio, Manuel da Fonseca, Urbano Tavares
Rodrigues e Saramago, pena de ouro da literatura universal, e etc. Garanto que
só o enobrece.
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