Augusto Alberto
Disse John Foster Dulles, (1888/1959), secretário de estado
Americano: - deixem os asiáticos fazer a
guerra aos asiáticos, onde quer que isso aproveite aos Estados Unidos. Foi,
utilizando até à exaustão este princípio que os Estados Unidos acumularam
guerras e derrotas na Ásia. Mas também acumularam vitórias nas Américas,
fazendo dela, o quintal a sul. E ainda hoje, mantêm o médio Oriente e África,
segundo esse odioso e velho princípio, com custos irreparáveis para os
autóctones. Ora, acontece, que nestas refregas, se associou lindamente a igreja
de Roma, sobretudo, no grande período da política americana da canhoneira. Ao
ponto de excomungar personalidades progressistas, fartas na denúncia dos
governos torcionários da América do Centro, Sul e Caribe, a mando dos Estados
Unidos.
Soubesse destes factos António Raminhos, ao que me dizem,
humorista da nova vaga, e logo perceberia que a sua “boutade”, que classifica o
padre Chico, como o Messi de Deus, é trôpega, porque, exactamente a igreja de
Roma, ao longo dos séculos, sempre apresentou a espinha macia e foi farta nos skills, ou na soberana capacidade de se
adaptar, prever e potenciar acontecimentos. De um cardeal polaco, fê-lo “Papa”,
ou o representante de Pedro na terra, que conhecendo bem as contradições do
regime socialista, deu um contributo inestimável para a sua queda, ainda que
não seja definitiva, que resultou num mundo unipolar, onde quem esfola é o
liberalismo, ou, por hora, o fascismo de
baixa intensidade.
E de momento, sentindo que a igreja está a caminhar para a
irrelevância, por força dos ajustes sociais e demográficos, acelerados,
justamente por esse liberalismo, elegeu para representante de Pedro, na ânsia
de estancar o declínio, um homem que parece um comunista, justamente, na denúncia
desse modelo unipolar, vindo de um país, onde a doutrina da denúncia dos crimes
políticos e sociais fez escola. Acontece, que os ajustes, tanto são em Roma
como na Lusitânia. E por isso, convêm tomar nota, do modo como por cá se vai
procurando a “personalidade” que dê seguimento à regra que diz que com “Papas”,
papas e bolos, se enganam os tolos, ou a habilidade de manter a direita usuária
no centro dos poderes.
E assim, está a chegar a hora do católico Rio, a quem se
atribuem rios de boa gestão, tal como chegaram a Roma, da Polónia, Woijtila,
para enfatizar o mundo unipolar, e da Argentina, Bergoglio, para estancar a
irrelevância dos dogmas da igreja de Pedro. Mais um engano. Por isso, povo, se
alguém te disser que a direita é burra, está-te a enganar. Um temente a “Deus”,
tanto pode ser um “Rio”, farto na sorrelfa, como um vil e desprezível, (assim
mostrou ser Dick Cheney, vice-Presidente dos Estados Unidos), vendedor de armas.
Não sei se me faço entender, caro Raminhos?
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