Já que foi tornado público, aqui e aqui, que hoje é o meu dia de anos, devo confessar que estou felicíssimo por duas prendas, que esperava, e, no fim de contas, acabei por receber.
A primeira foi o “NÃO” dos irlandeses ao famigerado Tratado de Lisboa. Ainda que por portas travessas escreveu-se direito. Podem dizer que foi uma vitória de uma minoria, mas não posso esconder que tenho inveja, neste momento, dos irlandeses: tiveram uma hipótese de se manifestarem sobre um tratado em que os outros povos europeus não foram perdidos nem achados, pois esse tratado de treta foi-lhes simplesmente imposto. Assim, água vai, e pronto. Poder-se-à argumentar que a possibilidade do referendo foi um lapso das autoridades irlandesas, pois não aconteceu nos outros países da Europa. Quer dizer, aconteceu em França, mas como esta democracia tem características muito específicas, e é seu apanágio, referendos são só quando temos a certeza que ganhamos. No caso de dúvida, dá-se a volta, aprova-se e está aprovado.
A outra prenda foi a não exclusão do F. C. Porto da Liga dos Campeões. Porque o que motivou essa exclusão é por demais conhecido, não vale a pena estar aqui com considerandos. Mas mais uma vez assistiu-se a uma vitória de uma minoria, pelos vistos há aqui qualquer coisa que começa a carburar mal. Como se sabe, seis milhões de portugueses estavam, desesperadamente, à espera do castigo dos “dragões”. Os outros quatro milhões, somos dez, não?, ganharam. A minoria, portanto. Mas uma minoria que representa em boa verdade os interesses do país futebolístico, como se sabe o F. C. Porto é a melhor equipa portuguesa e a que nos dá melhores garantias de um bom desempenho na Europa do pontapé no coiro. Defender que a equipa da “Invicta” deveria ser castigada é uma opção anti-patriótica.
Chega de darmos tiros nos pés em nome de interesses mesquinhos, privados e nebulosos.
VIVA A IRLANDA. VIVA O F. C. PORTO.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
há dias (quase) perfeitos.
Caro Alexandre Campos
Só há pouco li um seu comentário no Amicus Ficaria em que me revelou a sua solidariedade quanto ao " ataque" torpe que um anónimo quis fazer-me.
Agradeço-lhe a sua simpatia e amizade, já antiga.
Quanto à Irlanda, parabéns.
No caso do Porto, embora eu perceba zero e dê quase outro tanto de atenção à bola, dá-me ideia que o que se está a passar tem pouco que ver com desporto...
Abraço
Enviar um comentário