Embora pense que mais pertinente do que comemorar o centésimo aniversário da 1ª República seria, com certeza, implantar a quarta, sempre ficamos a saber, ou relembramos, alguns factos curiosos. Ou nem tanto.
Por exemplo, quando da implantação da república o país tinha 75% de analfabetos. Dependendo do prisma com que se aborda o problema, pode-se dizer que a situação se mantém. 75% é a percentagem de votantes responsáveis pela situação actual do país, aqueles que escolhem os excelentes governos que temos tido. Ou seja, os votantes neo-liberais, somando as percentagens airosamente obtidas nas variadíssimas e divertidas eleições que não resolvem problema nenhum.
Conferindo: os indigentes cor-de-rosa, os fascistóides laranjas e os demagogos “populares”.
Ficamos a saber, também, e está na sequência do que anteriormente disse, quase metade dos portugueses não sabem que centenário hoje se comemora mas, muito mais de metade considera a república, actualmente, o melhor regime político para Portugal.
Claro que as sondagens valem o que valem e só indicam aquilo que os que as encomendam querem que elas indiquem, mas há uma que chegou à brilhante conclusão que mais de 11% dos que votam PCP preferem a monarquia à república. Das duas, uma: ou alguém brincou com a sondagem, e diga-se, não é para levar muito a sério, séria é a situação do país, ou também há analfabetos a votar á esquerda, o que eu não acredito.
Agora, duas coisas são certas. Uma, se os imbecis começassem a votar à esquerda as coisas mudavam mesmo. Segunda: neste dia de comemoração lembrei-me do Grand Jacques:
On a détruit la bastille
Et ça n’a rien arrangé
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